Mês: dezembro 2016

14/12/2016 imprensa Comentários desativados em Assembleia aprova Orçamento de R$ 56 bilhões para o Paraná em 2017

Assembleia aprova Orçamento de R$ 56 bilhões para o Paraná em 2017

Os deputados estaduais aprovaram, nesta quarta-feira (14), em votação final, a Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício 2017 do Estado do Paraná. A LOA (projeto de lei nº 463/2016) estabelece uma receita corrente líquida de R$ 56.099.552.375,00 entre receitas e despesas do governo estadual para o próximo ano.
O deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PSB), líder do governo na Assembleia Legislativa, explicou que mesmo com o país passando por uma grave crise econômica, o Paraná está com as contas equilibradas e com recursos para investimentos. “O orçamento é de R$ 56 bilhões que prevê investimentos importantes. Mais de 34% na área da educação, investimentos na saúde, na infraestrutura, em obras de diversos segmentos da sociedade, apoio aos municípios, o que é essencial para que nossa economia cresça”, disse.
Áreas – Para os investimentos em Saúde, Educação e Ciência e Tecnologia, a base para o cálculo dos percentuais definidos constitucionalmente é de R$ 33,3 bilhões. Diante disto, para a Educação o valor a ser aplicado em 2017 é de R$ 9,5 bilhões, ou 30% da receita. Em Saúde, que responde por 12% da receita de impostos, o valor para o próximo ano é de R$ 4,6 bilhões. Já o investimento em Ciência e Tecnologia, que tem como base de cálculo o valor de R$ 20,4 bilhões, o valor a ser investido no próximo exercício é de R$ 409 milhões.
Para Segurança Pública está previsto um orçamento na ordem de R$ 4,2 bilhões, enquanto que os investimentos do Governo do Estado, juntamente com as empresas públicas e autarquias, estão estimados em R$ 7,6 bilhões.
Emendas – Os deputados estaduais apresentaram 1.295 emendas ao Orçamento de 2017, sendo que 1.220 foram acatadas. Foram incluídas emendas individuais dos parlamentares, num total de R$ 53,3 milhões. Já as emendas coletivas, totalizaram R$ 263,1 milhões. “Acatamos 1.220 emendas que foram apresentadas. Foi um trabalho cansativo, realizado também aos finais de semana, mas felizmente concluímos nosso trabalho aqui na Comissão. Vai para Plenário e, até quarta-feira, estaremos concluindo nosso trabalho em relação ao Orçamento para 2017”, disse o presidente da Comissão de Orçamento, Élio Rusch (DEM).
13/12/2016 imprensa Comentários desativados em Deputados aprovam medidas para economia de R$ 170 milhões

Deputados aprovam medidas para economia de R$ 170 milhões

1312-alep-votacao-1Os deputados estaduais aprovaram, em última discussão, o Projeto de Lei nº 559/2016, do Governo do Paraná, que propõe medidas para diminuição da estrutura da administração estadual. Entre os pontos do projeto, está a autorização para extinção do Centro de Convenções de Curitiba e do Serviço Geológico do Paraná, transferindo suas atribuições ao Instituto de Terras, Cartografia e Geociências. O Governo também poderá dar continuidade à extinção do Banco de Desenvolvimento do Paraná (Badep).
As medidas que compõem o projeto de lei devem ter um impacto positivo de cerca de R$ 175 milhões no cofres do Estado. “São projetos que ampliam a eficiência e diminuem a estrutura, ações necessárias para o bom funcionamento ainda mais em tempos de crise. Ao mesmo tempo, significa economia de recursos significativos para que o governo possa investir em áreas prioritárias”, afirmou o líder do governo na Assembleia, deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB).
Apenas a extinção do Badep deve gerar mais de R$ 150 milhões ao estado e pôr fim a um processo que se arrasta há mais de duas décadas. Entre os ativos do banco estão o prédio onde funciona a sede da instituição e imóveis ao redor, que já foram incorporados pelo Estado no valor total de R$ 55 milhões.
12/12/2016 imprensa Comentários desativados em “O orçamento de 2017 prevê investimentos importantes para o Paraná”, disse Romanelli

“O orçamento de 2017 prevê investimentos importantes para o Paraná”, disse Romanelli

30792516603_4a162dd687_zFoi aprovado nesta segunda-feira (12) o projeto de lei que trata da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2017. O total de receita fixada para o exercício do ano que vem, é de R$ 56 bilhões.

O deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PSB), líder do governo na Assembleia Legislativa, explicou que mesmo com o país passando por uma grave crise econômica, o Paraná está com as contas equilibradas e com recursos para investimentos. “O orçamento é de R$ 56 bilhões que prevê investimentos importantes. Mais de 34% na área da educação, investimentos na saúde, na infraestrutura, em obras de diversos segmentos da sociedade, apoio aos municípios, o que é essencial para que nossa economia cresça.”, disse.

Romanelli também afirmou que o gasto do orçamento com pessoal será de R$1,4 bilhão. “São recursos para a implantação das promoções e progressões em janeiro, integralmente, e para pagar nos meses subsequentes os valores atrasados”, disse.

Para os investimentos em Saúde, Educação e Ciência e Tecnologia, os recursos serão de R$ 33,3 bilhões. Na área da Educação o valor a ser aplicado em 2017 é de R$ 9,5 bilhões. Em Saúde, que responde por 12% da receita de impostos, o valor para o próximo ano é de R$ 4,6 bilhões. Já o investimento em Ciência e Tecnologia, que tem como base de cálculo o valor de R$ 20,4 bilhões, o valor a ser investido no próximo exercício é de R$ 409 milhões.

Para Segurança Pública está previsto um orçamento no valor de R$ 4,2 bilhões, enquanto que os investimentos do Governo do Estado, juntamente com as empresas públicas e autarquias, estão estimados em R$ 7,6 bilhões.

12/12/2016 imprensa Comentários desativados em Reforma da previdência: o mais grave ataque aos direitos dos trabalhadores desde 1988

Reforma da previdência: o mais grave ataque aos direitos dos trabalhadores desde 1988

romanelli_aposentadoria“Cruel, desumana, um verdadeiro atentado à dignidade da pessoa humana” Luigi Bellodi, comentando a reforma Temer da previdência.

A reforma da previdência apresentada ao Congresso Nacional é a mais grave de todas as ameaças aos trabalhadores brasileiros produzidas até agora pelo governo Temer.

Prestes a completar 100 dias de governo, o presidente enviou ao Congresso a proposta de reforma da Previdência.

É quase unanime que uma reforma é necessária, já que a Previdência registra rombo crescente: em 2016, o déficit do INSS chega aos R$ 149,2 bilhões (2,3% do PIB) e em 2017, está estimado em R$ 181,2 bilhões.

O governo federal estima que deixará de gastar cerca de R$ 740 bilhões em 10 anos, entre 2018 e 2027, com as mudanças propostas.

Se o que justifica essa perversidade é o alegado deficit, o governo deveria atacar as reais causas: isenções fiscais (R$ 88 bilhões em 2015); sonegação, que tira da Previdência mais de R$ 100 bilhões por ano; e, principalmente, cobrar a dívida ativa da Previdência, que soma R$ 340 bilhões.

A proposta do governo fixa idade mínima de 65 anos para a aposentadoria, tanto para homens como para mulheres e eleva o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 25 anos. É preciso preencher os dois requisitos para receber o benefício.

Haverá uma regra de transição para homens com 50 anos ou mais e mulheres com 45 anos ou mais que poderão se aposentar pelas normas atuais, pagando pedágio de 50% sobre o tempo que falta para a aposentadoria.

Muda o cálculo do valor a ser pago na aposentadoria. A reforma acaba tanto com o fator previdenciário (média dos 80% maiores salários recebidos desde julho de 1994) quanto com a regra 85/95 (55 anos de idade mais 30 anos de contribuição para mulheres, 60 anos de idade mais 35 anos de contribuição para homens). O benefício será calculado com base em 51% das melhores contribuições mais 1% adicional a cada ano pago.

Embora necessária, a reforma veio mais dura do que o esperado. Tornará quase impossível para o trabalhador se aposentar pelo teto (R$ 5.189,82). Para se aposentar com valor integral, será preciso contribuir por 49 anos. Se com as regras atuais já é muito difícil para um trabalhador se aposentar recebendo o teto, com a mudança será praticamente impossível.

Outra proposta que julgo drástica é a redução da pensão por morte. Será reduzida para 50%, mais 10% por dependente, para todos os segurados (INSS e serviço público). A pensão deverá ser desvinculada do reajuste do salário mínimo, que permite ganhos reais. A proposta é inconstitucional já que a Constituição determina que o benefício não deve ser menor que o salário mínimo vigente. No caso de um trabalhador que receba o salario mínimo de R$ 880,00, como sua viúva sobreviverá com uma pensão de R$ 440,00?

O governo também propõe que o Benefício de Prestação Continuada poderá ser pago abaixo do salário mínimo e pretende aumentar a idade dos beneficiários para 70 anos. Hoje, o auxílio garante um salário mínimo mensal ao idoso acima de 65 anos ou ao cidadão com deficiência e é um instrumento para reduzir a miséria e desigualdade de renda.

A PEC revoga aposentadoria especial de professores do ensino fundamental e médio e policiais civis.

Já militares, bombeiros e policiais militares ficarão de fora das mudanças. Considero essas alterações questionáveis. A aposentadoria especial de professores e policiais existe porque a atividade que exercem também é. Além disso, no caso dos policiais, por que diferenciar policiais civis de policiais militares, se ambas as ocupações são de risco e periculosidade?

Servidores públicos também só poderão se aposentar aos 65 anos. A PEC obriga os estados a criarem fundos de previdência complementar para novos servidores, a exemplo do que fez a União e alguns Estados, como Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais. Os funcionários terão o benefício limitado ao teto do INSS, podendo receber um complemento se quiserem aderir ao fundo. A proposta também prevê o fim da paridade entre servidores ativos e inativos e afeta todos que ingressaram no serviço público antes de 2003 e ainda não se aposentaram.

A PEC também pretende elevar de 11% para 14% a alíquota de contribuição dos funcionários públicos federais, o que implicará em aumentos também nos regimes previdenciários estaduais e municipais.

Isso representará um desconto maior nos contracheques dos servidores públicos, num momento de recessão. Acredito que o aumento das alíquotas deveria ser progressivo- pagam mais os que recebem mais.

Também considero muito questionáveis as regras de transição da reforma. Em qualquer lugar do mundo, uma mudança dessa envergadura seria planejada para produzir efeitos na prática apenas depois de 10 ou 15 anos. Aqui começará a valer a partir do dia seguinte em que for promulgada, o que já gera apreensão e incerteza.

Em contrapartida, há mudanças muito boas. Uma mudança bem-vinda é que a reforma da Previdência vai equiparar os direitos e benefícios de trabalhadores do setor privado e do público. No caso dos servidores públicos que não se enquadram nas regras de transição e que ingressaram no serviço antes de 2003, será extinto o recebimento da aposentadoria com base no salário integral do servidor.

A mudança não trará alterações no déficit previdenciário a curto prazo, mas a longo prazo será decisivo para o equilíbrio das contas. Um estudo feito pelo economista Nelson Marconi, coordenador executivo do Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas, revela que em 2015 o déficit com o pagamento de 980 mil servidores inativos do governo federal foi praticamente igual ao de todo o INSS- 32,7 milhões de pessoas ( R$ 92,9 bi versus R$ 90,3 bi).

Outra iniciativa louvável é que os detentores de cargos eletivos, senadores e deputados federais, também serão enquadrados nas mesmas regras que todos os brasileiros.

O texto da PEC precisa ser debatido e aprimorado pelos parlamentares, especialmente porque não foi previamente debatido com a sociedade e com as entidades representativas dos trabalhadores.

Como é uma mudança que afeta a vida de todos os brasileiros e que também trará reflexos nas previdências estaduais e municipais, espero que os parlamentares tenham o bom senso de analisar todos os pros e contras para não aprofundar desigualdades ou manter privilégios.

Boa Semana! Paz e Bem!

*Luiz Cláudio Romanelli, advogado e especialista em gestão urbana, ex-secretário da Habitação, ex-presidente da Cohapar, e ex-secretário do Trabalho, é deputado pelo PSB e líder do governo na Assembleia Legislativa do Paraná. Escreve às segundas-feiras sobre Poder e Governo.

09/12/2016 imprensa Comentários desativados em Santana do Itararé recebe 40 casas populares

Santana do Itararé recebe 40 casas populares

casas-santanaCrédito: Jornal Folha Extra

Na manhã desta quinta-feira (8), 40 famílias realizaram o sonho da casa própria em Santana do Itararé. O projeto que contou com a participação da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) e Sanepar, iniciou em 2013 e teve os aplausos de toda população com sua entrega que contou com a participação de autoridades municipais e estaduais como o deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PSB). As casas já possuem rede de esgoto e toda infraestrutura necessária para moradia.
O atual prefeito do município José Izac (PT) se emocionou quando discursou aos beneficiários, ressaltando a alegria em ter entregue as casas e cumprido sua missão nos oito anos de mandato. “Contamos com a ajuda da Cohapar e Sanepar para agilizar a obra e entregar ainda no meu mandato. Hoje as casas estão sendo entregues completas, faltando apenas à pavimentação”, discursou o prefeito.
“As casas são como um presente de Natal para essas pessoas que agora moram em uma parte bem localizada e sem riscos” completou.

Estiveram presentes os vereadores eleitos, funcionários, secretários e cerca de 100 pessoas aguardando a entrega das chaves, em pronunciamento o deputado estadual Romanelli também elogiou o grande trabalho realizado no município. “Desde o dia em que o prefeito Zé Izac me pediu pra que eu atendesse do município como deputado, seis anos atrás, eu tenho feito o possível para viabilizar todas as obras necessárias para Santana. Admiro muito ele como administrador, um prefeito que ama sua cidade e busca sempre melhorar, aqui eu sei que o dinheiro público é muito bem aplicado”.
A novo conjunto de casas que foi intitulado “Residencial Portal dos Ipês”, terá as ruas pavimentadas em breve, como já é projetado pelo futuro gestor do município. Joás Ferraz Michelli (PDT) também enalteceu a importância da entrega para o município e firmou o compromisso com a população.
“A partir de janeiro estaremos dando continuidade ao trabalho realizado pelo Zé Isac. Já nos comprometemos a pavimentar todas as ruas das casas populares já em 2017, além de recursos que serão liberados pelo governo do estado para pavimentar todas as ruas de Santana, parte com asfalto e parte com calçamento. As casas foram entregues, mas o compromisso com a população continua”, relatou Joás.
Durante a visita às casas, e a entrega oficial, uma árvore foi plantada no início da rua, simbolizando um novo começo para as famílias que poderão residir na casa própria. Na ocasião, também foi entregue a caixa d’água de 100 mil litros que auxiliará no abastecimento do município. A construção dos imóveis teve um investimento de mais de R$ 1 milhão e foi feita pela construtora Mais Engenharia.
Não houve nenhum custo para os beneficiários.

MAIS CASAS – Durante a solenidade também foi dada a notícia de que há mais 47 casas em projeto para iniciar a construção em 2017. “Através de um projeto do deputado Romanelli, existem mais 27 casas em planejamento e mais 20 que sairão do fundo de combate à pobreza administrado pela Secretaria de Família e Assistência Social”, contou o diretor de serviços governamentais da Cohapar, Alceu Swarowski, representante do Presidente da Cohapar Abelardo Lupion que não pode estar presente.
O terreno para receber as casas já estão sendo preparados e tudo indica que as obras iniciem em 2017.

05/12/2016 imprensa Comentários desativados em Quais dos brasis sobreviverá, o de Moro ou de Meirelles?

Quais dos brasis sobreviverá, o de Moro ou de Meirelles?

Luiz Claudio Romanelli*

romanelli_moro_meirelles

A divulgação dos dados da economia no terceiro trimestre do ano trouxe ainda mais decepção e preocupação e a certeza que a recuperação da economia será ainda mais lenta que o esperado.

O Produto Interno Bruto recuou 0,8% no terceiro trimestre do ano. De janeiro a setembro de 2016, o PIB registra queda de 4% em relação ao mesmo período de 2015. Segundo o IBGE, essa é a maior baixa para o período desde 1996, é a previsão é fechar o ano com uma retração de -3,5%.

E quase um consenso que a economia ficará praticamente estagnada em 2017. O desemprego alto, a crise fiscal, os juros altos e o endividamento de famílias e empresas retardam o fim da recessão.

Não há formulas magicas para a retomada do crescimento. O principal mecanismo de estímulo para o crescimento deveria ser um corte maior na taxa de juros de forma muito mais efetiva e muito mais forte, para estimular o investimento e em decorrência o consumo.

No momento, há uma retração no consumo das famílias, porque o desemprego está alto e a renda real está caindo, aliás segundo o IBGE houve uma diminuição em 9% da renda per capita em dois anos.

Outra medida importante é a retomada de investimentos por parte de empresas como a Petrobras e Eletrobrás (que, no entanto, estão revendo para baixo seus programas) e a retomada dos investimentos em obras de infraestrutura, paralisadas desde a prisão dos executivos das empreiteiras pela Lava Jato. Nesse sentido, a assinatura do acordo de leniência da Odebrecht é uma notícia boa já que a empresa poderá voltar a ter contratos com o poder publico e contratar empréstimos junto aos sistema financeiro.

O Brasil precisa de investimento internacional, mas é uma incógnita o fator Trump e, para piorar, os conflitos de ordem institucional no país.

A crise institucional que chegou a níveis estratosféricos na semana que passou também piora as perspectivas de recuperação econômica. Não haverá retomada de investimentos, especialmente estrangeiros, enquanto perdurar o clima de confronto entre integrantes do Ministério Publico e o Legislativo, entre Legislativo e Judiciário e entre o Judiciário e Executivo. Quem vai investir num pais em que a cada dia aparece uma nova confusão entre instituições?

Acredito que enquanto as agendas dos três poderes não convergirem, enquanto cada um pensar apenas no próprio umbigo, o país continuará andando para trás.

Uma excelente analise sobre essa dicotomia foi feita pelo jornalista Hélio Gurovitz no seu blog no G1. No artigo “Os Brasis de Moro e Meirelles”, ele faz uma analise ponderada e precisa sobre a necessidade de conciliação de interesses para que o país possa avançar.

Segundo o jornalista, para o Brasil de Moro “a condenação de Renan, a revolta dos procuradores contra os deputados que desfiguraram as Dez Medidas anticorrupção e as tentativas de sufocar a Lava Jato é que são fundamentais”.

Já para o Brasil de Meirelles, “o acordo de leniência, a PEC do teto e as reformas trabalhista e da Previdência são a prioridade”

“O Brasil de Meirelles erra ao não entender a importância simbólica do combate à corrupção para a população… O Brasil de Moro erra ao não entender quanto é urgente sairmos da recessão e disciplinar o Estado”, analisa, para concluir que o “Brasil de Meirelles e o Brasil de Moro deveriam entender melhor um ao outro”.

Analisando os recentes conflitos entre esses dois Brasis é preciso dizer que o Legislativo errou ao votar na madrugada o projeto das 10 medidas contra a corrupção e errou também em derrubar alguns pontos importantes da proposta original – como o item que punia o enriquecimento ilícito. Errou mais ainda ao incluir a punição por abuso de autoridade aos promotores, procuradores e juízes. Essa questão já esta sendo tratada pelo Senado e a atitude dos deputados federais ao incluir esse “jabuti” só fez reforçar a impressão generalizada de que se tratava de uma vendeta dos deputados federais contra a Lava Jato.

Mas é preciso dizer também que erraram os representantes do Ministério Publico Federal, capitaneados pelo procurador Deltan Dallagnol, ao convocarem entrevista coletiva para ameaçar “renunciar” a Lava Jato caso a emenda seja mantida pelo Senado. Os procuradores da Lava-Jato não podem “renunciar” ao processo ou aos processos, porque não são pessoalmente vinculados a eles, mas funcionalmente vinculados. “Renunciar” significa fazer cessar a autorização funcional que possuem para que atuem nos autos dos muitos processos em andamento, e teriam que ser nomeados outros para cuidar da dinamite.

Seria muita ingenuidade acreditar que o projeto apresentado pelo MPF seria aprovado sem nenhuma alteração, especialmente porque muitos de seus itens representavam retrocessos no sistema de processo penal e foram eliminadas ainda pelo relator – como a admissão de provas ilícitas e as limitações aos habeas corpus.

Há pontos muito questionáveis na legislação proposta pelos procuradores, entre as quais a criação do “reportante” remunerado e o teste de integridade, por exemplo, que foram rejeitados pelos deputados. Talvez tenha faltado aos proponentes do projeto mais diálogo com os parlamentares para consensuar os pontos fundamentais. E certamente lhes faltou a compreensão que é uma prerrogativa do Legislativo propor, aprovar, rejeitar ou emendar projetos de lei. Faz parte do jogo democrático aceitar o resultado das votações, ainda que se discorde do que foi aprovado.

Sem diálogo, sem consenso e sem uma agenda que leve em conta a necessidade de combater a corrupção, vencer a recessão e recuperar a economia não sobrara Brasil algum.

Bom, após muita polêmica, foram votadas as “10 medidas anticorrupção”, propostas pelo MPF. Na prática promovem um endurecimento e pune com mais rigor os crimes de corrupção. São proposições que ajudarão muito a combater à impunidade a todos os agentes públicos, de todos os poderes da República, sem distinção. Deixando de lado a costumeira chorumela dos que não suportam serem contrariados, segue uma breve análise de autoria do deputado federal Reginaldo Lopes (MG), do que foi aprovado pela Câmara do Deputados, e que me parece adequado reproduzir aqui:

(APROVADO) Criminalização do caixa dois: O texto torna crime a utilização de recursos não contabilizados formalmente em campanhas eleitorais. É importante ressaltar que a prática antes não era crime penal. Isto significa que agora caixa dois é passível de prisão.

(APROVADO) Torna crime hediondo a corrupção: Peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, corrupção ativa em transação comercial internacional, inserção de dados falsos em sistemas de informações, entre outros crimes, passam a ser enquadrados como hediondos o que significa prisão em regime fechado sem fiança.

(APROVADO) Criminaliza a compra de votos: Compra de votos era crime eleitoral e a punição era multa, cassação de registro de candidatura e perda de mandato. Agora passa a ser crime a compra de votos com pena de 1 a 4 anos de prisão e multa.

(APROVADO) Aumenta a pena de corrupção de acordo com o valor desviado: As penas para desvio de recursos serão aumentas de 7 a 25 anos de prisão.

(APROVADO) Acelera o processo de investigação: O texto aprovado dificulta as medidas que atrasavam o processo de investigação.

(APROVADO) Torna Crime o abuso de autoridade: A proposta prevê como crime o abuso a de autoridade que venha a ser cometido por juiz, promotor ou agente público contra qualquer cidadão brasileiro. Isto significa que qualquer autoridade que cometa alguma arbitrariedade, abuso de poder e atente contra o direito de legítima defesa e promova a manipulação da verdade contra qualquer cidadão brasileiro, poderá ser processado e a Justiça determinará que tem razão.

O que foi retirado do Texto

(REPROVADO) Impedimento da pratica do habeas corpus: O habeas corpus é uma medida judicial que qualquer cidadão comum pode impetrar para impedir uma prisão arbitrária e/ou solicitar a liberdade de alguém que tenha sido preso injustamente.

(REPROVADO) Confisco de bens sem prova do ilícito: Caso esta proposta se mantivesse, poder-se-ia determinar o confisco do bem de qualquer pessoa sem a prova e ou julgamento para tal.

(REPROVADO) Pagamento de delator com dinheiro de corrupção: A medida poderia permitir que delatores ficassem com 30 % do que foi surrupiado, recebendo pela delação com recursos da corrupção.

(REPROVADO) Simular situação de corrupção para testar integridade de servidor: Esta proposta instauraria um regime no qual todos deveriam provar sua inocência antes de haver qualquer comprovação de crime. Nem a ditadura foi tão longe.

(REPROVADO) Anistia de crimes de caixa dois: Esta proposta buscava perdoar quem havia praticado caixa dois e teria deixado impune pessoas que fizeram esta infração.

Não é possível imaginar que estas medidas aprovadas possam gerar insatisfação por qualquer poder ou serviço da República, e nem as medidas que foram reprovadas pudessem subsistir num Estado Democrático de Direito.

Boa Semana! Paz e Bem!

02/12/2016 imprensa Comentários desativados em Romanelli: Encontro confirma ação municipalista do governo Richa

Romanelli: Encontro confirma ação municipalista do governo Richa

roma-fozProgramas de desenvolvimento dos municípios do Governo do Estado estão disponíveis para consulta durante os três dias de evento 

Mais de 300 prefeitos eleitos ou reeleitos nas eleições de outubro participam neste fim de semana do “Encontro das Prefeitas e Prefeitos Eleitos – Gestão 2017/2020”, em Foz do Iguaçu. O evento, organizado pelo Governo do Paraná, oferece palestras e oficinas aos gestores e suas equipes, para a elaboração de planos de ação com foco nos 100 primeiros dias de governo e no estabelecimento de alianças estratégicas.

O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PSB), participa do encontro e ressaltou a importância dos gestores conhecerem, dentro das demandas de cada um, aquilo que o Estado pode atender. “É um evento que mostra aos prefeitos e prefeitos como as propostas feitas durante a campanha podem ser cumpridas com responsabilidade. As palestras demonstram claramente quais são os principais programas, as principais ações e parcerias com o governo estadual e o federal”, explicou.

Os programas de desenvolvimento dos municípios do Governo do Estado estão disponíveis para consulta durante os três dias de evento, além de um espaço exclusivo para o atendimento a deputados estaduais. “Tudo isto dá uma dinâmica e um novo ânimo para esses gestores que terão grandes desafios em 2017”, disse Romanelli.

Para o líder do governo, o evento é uma tradição que tem sido aprofundada pela visão municipalista que o governador Beto Richa tem em fazer boas parcerias. “O governador Beto Richa faz uma gestão voltada ao desenvolvimento dos municípios. Tem atendido ás demandas dos prefeitos, sem discriminações políticas, levando mais desenvolvimento principalmente ás médias e pequenas cidades, que são as que mais precisam do apoio do governo”, disse Romanelli.

O líder do governo também ressaltou a parceria com as organizações representativas do setor produtivo. ” O Sistema S participa deste encontro que é uma atividade complementar ao poder público. Temos que utilizar esse potencial, essa sinergia de todos os que têm condições em apoiar as políticas públicas, trabalhando juntos”, afirmou.

O Encontro que é realizado pelo Sebrae/PR, pela Fomento Paraná junto ao governo estadual, faz parte do “Programa de Estudos Avançados para Líderes Públicos”.

 

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