Mês: dezembro 2018

Romanelli garantiu mais de R$ 170 milhões em investimentos nos municípios do Paraná

O mandato municipalista de Luiz Claudio Romanelli deu resultados. Nos últimos quatro anos, o deputado garantiu a liberação através de emendas, programas e projetos, de aproximadamente R$ 170 milhões, contemplando mais de 90 municípios do Paraná. As ações beneficiaram as áreas de saúde, infraestrutura, segurança e agricultura. “Um mandato político só vale a pena quando proporciona resultados satisfatórios para todos os setores da sociedade”, afirma Romanelli. “Nestes últimos quatro anos, através de nossas articulações e como líder do governo, garantimos muitas e importantes obras e investimentos e equipamentos para os municípios, além de uma atuação expressiva na elaboração, debate e relatorias de leis”, completou o deputado. Boa parte dos recursos viabilizados por Romanelli foram investidos em obras viárias e de infraestrutura. Para a construção de ponte e duplicação de rodovias, o deputado garantiu R$ 50 milhões nos últimos quatro anos, além de R$ 28,8 milhões para pavimentação e recape asfáltico em diversas vias estaduais nas várias regiões do Paraná. O deputado garantiu ainda a liberação de recursos para saneamento básico e mais de R$ 3,6 milhões para aquisição de novos e modernos equipamentos. Romanelli também destinou mais de R$ 2,7 milhões para aquisição de caminhões e mais de R$ 4 milhões para estrutura e apoio a reciclagem pelo estado, além de recursos para reformas em apoio as associações. Para a saúde, Romanelli articulou aproximadamente R$ 10 milhões para aquisição de vans. equipamentos hospitalares, reformas de hospitais e transporte sanitário. Na educação, foram mais de R$ 10 milhões na aquisição de ônibus para transporte escolar, reformas de unidades de ensino, esquipamentos para escolas e para o campus de Cornélio Procópio da Universidade Estadual do Norte Pioneiro (UENP). O direito à casa própria tem pautado a vida pública de Romanelli, que já ocupou a presidência da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), em duas oportunidades. Nos últimos anos, o deputado entregou mais de duas mil moradias rurais e urbanas em diversas regiões do Estado. Micro empresas Como líder do governo, Romanelli relatou, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a proposta de adequação dos dispositivos da lei das micro e pequenas empresas às faixas federais. As emendas do deputado garantiram ainda a isenção das micro em todas as faixas de tributação, favorecendo e valorizando sobre maneira as pequenas empresas assim enquadradas no Paraná. “As micros e pequenas empresas, são responsáveis por aproximadamente 70% dos empregos gerados no país e uma atenção especial a este segmento, é mais que uma obrigação nossa, como parlamentar”, afirma Romanelli.

O deputado da regional Santa Felicidade

A regional de Santa Felicidade tem um aliado de primeira hora na Assembleia Legislativa. O deputado Luiz Claudio Romanelli tem uma atenção especial com essa região que reúne um dos maiores contingentes populacionais de Curitiba. Para isso, Romanelli conta com o apoio do vereador e colega de partido Mauro Ignácio, que têm sido o porta voz da região. “Com essa parceria que temos com o deputado Romanelli a nossa região contou nesse tempo com uma representação que nunca teve na Assembleia. Podemos dizer que ele é o deputado da regional”, conta o vereador. O mandato de Romanelli articulou uma nova mini-arena esportiva para o Colégio Ivo Zanlorenzi, e obras nas Escolas Domingos Zanlorenzi e Ângelo Trevisan. Já na área da segurança foram realizados a retirada de presos do 12º Distrito Policial, a instalação da Delegacia do Turista e novas viaturas para a Polícia Militar, demandas trazidas pela comunidade através do Conseg São Braz.

Melhor infraestrutura e segurança destacam atuação parlamentar no Noroeste

Com atuação em mais de 12 municípios na região, parceria de trabalho com prefeitos fortaleceu serviços prioritários
Uma das regiões que mais cresceu nos últimos anos, o Noroeste do Paraná, também contou com forte apoio do deputado Romanelli. A atuação do parlamentar se dá com destaque na microrregião de Paranavaí, formada por 28 municípios e na cidade de Colorado. Dentre os desafios, Romanelli pontua a melhoria da infraestrutura. “fundamental para garantir o escoamento da produção e facilitar o acesso dos cidadãos das cidades menores aos serviços disponíveis em outros centros”, afirma. Pensando a partir desta perspectiva, o deputado articulou, por exemplo, recursos da ordem de R$ 13 milhões para a Estadualização da Rodovia de Santa Cruz de Monte Castelo. “O Roma é um deputado que não fica só no discurso. Vem conhecer o problema, conversa com a população e lideranças e vai atrás da solução. É incansável. Foi assim com a estadualização, ação que vai possibilitar maior desenvolvimento”, destaca Fran Boni, prefeito da cidade desde 2016. Saúde — A área da saúde também contou com apoio decisivo de Romanelli. Todos os municípios representados pelo deputado na região foram contemplados com novas ambulâncias ou veículos. Essas melhorias trazem maior agilidade ao transporte sanitário entre unidades de saúde e também aos pacientes que precisam de deslocamento para atendimento especializado. “Sem esse apoio fundamental na Assembleia e junto ao Governo, nós não teríamos feito tanto em apenas dois anos de mandato. O Romanelli é um grande parceiro”, diz o prefeito Rafael Bolacha, de Moreira Sales.

Colombo e os grandes desafios

Parceria com prefeita Beti Pavin buscou destravar duplicação da Rodovia da Uva e investimentos em infraestrutura, educação e segurança pública. Colombo é um dos maiores municípios do Paraná. E os desafios lá enfrentados correspondem ao seu tamanho. O deputado Romanelli entendeu que a duplicação da Rodovia da UVA é estratégica para toda a RMC (Região Metropolitana de Curitiba) e atuou forte para “destravar” a obra. Romanelli lembra que, logo após assumir o mandato, foi procurado pela prefeita Beti Pavin para ajudar na articulação de obras e recursos. “O trabalho não foi fácil, mas, felizmente, os resultados estão ai, em todas as áreas e para todos conferirem”, afirma. Para a cidade, Romanelli garantiu ainda R$ 12 milhões para a readequação de estradas rurais, um incentivo ao turismo rural, sem contar a luta por novos equipamentos para a área da saúde, obras em escolas e novas viaturas policiais. E mais boas notícias vêm por ai: junto com o deputado federal Toninho Wanscher, foram articulados R$ 10 mi para o Instituto Federal, obra que mudará o perfil da cidade e dará mais oportunidades de aprendizado e trabalho para os jovens do município.

Trabalho marca atuação histórica na região do Norte Pioneiro

A articulação política de Luiz Claudio Romanelli garantiu um avanço histórico em todo Norte Pioneiro do Paraná. “A política é uma ferramenta de transformação da realidade social. Na Assembleia Legislativa, nosso mandato municipalista garantiu resultados para todo o Norte Pioneiro, uma região que ainda pode e vai avançar mais”, afirma Romanelli. “Acredito que as pessoas têm uma missão e a minha é servir de instrumento para atender a comunidade que com muito orgulho eu represento”, ressalta o parlamentar. As obras e ações de infraestrutura ganharam uma atenção especial do mandato municipalista de Romanelli. O deputado lutou, por exemplo, para viabilizar a nova ponte sobre o Rio das Cinzas, na PR-436. A rodovia é fundamental para a região e faz a ligação entre as cidades de Bandeirantes e Itambaracá, no Norte do Estado e tem um fluxo diário de mais de 1,3 mil veículos. A nova estrutura substitui a antiga, que foi levada pelas fortes chuvas no início de 2016. O investimento é da ordem de R$ 16 milhões e beneficia diretamente mais de 40 mil moradores das duas cidades, além dos outros municípios da região. A atuação de Romanelli foi decisiva para destravar a antecipação das obras de duplicação da BR-369, no trecho entre Jataizinho e Cornélio Procópio, que estavam previstas para 2021. Serão investidos R$ 226,7 milhões em 34,3 quilômetros, num acordo costurado pelo deputado entre a Econorte e o Governo do Estado, sem necessidade de aumentar a tarifa de pedágio. Saúde — Romanelli tem uma atenção especial com a saúde, uma das áreas mais prioritárias para garantir qualidade de vida à população. O deputado é autor da PEC 39/2017, que agiliza o repasse de recursos do Governo Estadual aos hospitais filantrópicos, o que  solucionou a crise financeira dessas instituições da região. Aos municípios do Norte Pioneiro, o mandato municipalista de Romanelli tem viabilizado importantes investimentos que melhoram a qualidade do atendimento à população. São reformas de hospitais e unidades de saúde, entregas de novos equipamentos, carros e ambulâncias 0km. Em Jacarezinho, uma nova clínica odontológica garante atendimento especializado e gratuíto para moradores de toda a região. Educação — Garantir uma infraestrutura adequada é essencial para uma melhor aprendizagem de crianças e capacitação de jovens para o mercado de trabalho. Por isso Romanelli tem um olhar diferenciado com a educação de qualidade e a inclusão para todos os cidadãos. Ele atuou fortemente e viabilizou recursos para construções e reformas de escolas e colégios estaduais, novos veículos e ônibus escolares, uniformes e equipamentos. O empenho do deputado foi fundamental para outras conquistas, como o Colégio da Polícia Militar de Cornélio Procópio. A escola, que é referência em educação, começará a funcionar em 2019 com a meta de elevar o índice de Desenvolvimento da Educação Básica do Estado. Graças a atuação persistente de Romanelli, o campus de Cornélio Procópio da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UEPN) vai receber o curso de Medicina. A conquista vai beneficiar não só o município, mas toda a região. O primeiro vestibular está previsto já no início de 2019 e terá 40 vagas. Romanelli também trabalhou junto ao Governo, na liberação de R$ 7,5 milhões para ampliar o campus da UENP. O investimento concretiza antigo projeto de unificar o campus para abrigar outros cursos.

Saldo positivo com mais de 55 projetos nos últimos 4 anos

  São 56 projetos de Lei — 35 já em vigor —, 200 requerimentos, sete audiências públicas, 480 reuniões em comissões e outras centenas de encontros com a sociedade civil, organizações sociais, sindicados e lideranças. Os números são resultado do trabalho do deputado Romanelli (PSB) no mandato 2015-2018. Atuante e sempre inteirado dos temas em discussão do legislativo, Romanelli costuma dizer que política é para quem “acorda cedo, trabalha muito e não fica de mimimi”. Nestes quatro anos, Romanelli participou de cinco comissões parlamentares: Constituição de Justiça (CCJ), Ciência e Tecnologia, Cultura, Tomada de Contas e presidiu a Comissão de Agricultura. Membro da CCJ, a mais importante da Casa, Romanelli observou a constitucionalidade das matérias que tramitaram no legislativo. O deputado se destacou ainda como relator da Comissão Especial da Agenda Paraná, que definiu uma série de medidas necessárias para o futuro do estado.
O saldo é positivo. Acredito que conseguimos representar bem os paranaenses que nos elegeram com uma atuação que efetivamente fez a diferença na vida das pessoas. Deputado Romanelli

Uma trajetória de defesa do PR

Eleito para o 5º mandato, Romanelli construiu história de vida baseada na defesa dos interesses do Paraná O deputado Romanelli recebeu 73.383 votos dos paranaenses para o quinto mandato na Assembleia Legislativa. Advogado e especialista em Gestão Urbana, Romanelli é paranaense de Londrina, casado com a professora Fabiana Campos e pai de Luiz, Juliana, Bruno e Luiza, além de avô da pequena Júlia. Filiado ao PSB desde 2016, tem uma atuação política de quase 40 anos, sempre na defesa dos direitos sociais e da melhoria na qualidade de vida da população paranaense. Nestas quatro décadas de vida pública, Romanelli foi duas vezes secretário de Estado (Política Habitacional e do Trabalho e Emprego) e presidente da Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná). Na Assembleia Legislativa se destacou como líder do Governo em dois governos. No último mandato, articulou a aprovação do programa de ajuste fiscal, que resultou no equilíbrio das finanças públicas do Governo, garantindo ao Paraná o lugar como Estado mais eficiente do país, segundo ranking da Folha de S. Paulo, e a retomada de investimentos nos municípios.

Damares, a goiabeira e a violência contra as mulheres

Damares Alves, indicada para comandar o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos da gestão Bolsonaro, foi ridicularizada pela mídia e nas redes sociais por ter afirmado que viu Jesus em cima de uma goiabeira. Segundo a pastora evangélica, que costuma relatar o ocorrido em suas pregações, o episódio teria acontecido quando ela tinha dez anos e estava decidida a suicidar-se tomando veneno, desesperada devido aos abusos sexuais de que era vítima, desde os seis anos. Ora toda criança tem um amigo “imaginário” na infância, feliz dela que esse amigo era Jesus.

A repercussão foi imediata, com a futura ministra alvo de todo tipo de chacotas. Creio que a mídia perdeu a oportunidade de abordar o que efetivamente importa na fala de Damares:

O fato de que há milhares de meninas em cima de goiabeiras, sofrendo em silêncio e à espera de alguém que as liberte. Há também milhares de mulheres em relacionamentos abusivos ou vítimas de abusos sexuais que sofrem caladas porque seu agressor ocupa posição e ascendência na sociedade, como nos mostra o recente escândalo envolvendo o médium João de Deus.

Romper a cortina de silêncio que cerca esses casos de violência contra meninas e mulheres é mais importante que as especulações sobre se o filho de Deus apareceu no quintal de Damares.

As crianças são as maiores vítimas de estupro no Brasil, segundo o Atlas da Violência de 2018. O estudo, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), aponta que 50,9% dos casos registrados de estupro em 2016 foram cometidos contra menores de 13 anos de idade. Além disso, em 32,1% dos casos, as vítimas foram adultos, e em 17%, adolescentes.

Se somarmos, 68% das vítimas têm menos de 18 anos de idade.

O estudo também aponta uma alta taxa de recorrência nos casos de estupro. Em 2016, 42,4% das vítimas disseram não ser a primeira vez que sofriam com violência sexual. Nesses casos, a maioria dos autores dos crimes era conhecido das vítimas, isso porque um dos principais espaços de violência contra a mulher não é a rua, e sim dentro das casas das próprias vítimas. No total, o Atlas da Violência mapeou mais de 13 mil casos registrados como ocorridos dentro da casa da pessoa violentada

O ambiente prevalece especialmente nos casos de estupro cometidos por pessoas conhecidas da vítima. Nessa situação, a casa é a cena do crime em 78,6% dos casos.

Mas acredito que a futura ministra precisa rever alguns de seus conceitos sobre a visão de mundo, de gênero, da posição da mulher no mercado de trabalho e na sociedade.

Agora a ministra indicada, pastora da Igreja Quadrangular, fez afirmações que caberiam num púlpito ou numa discussão, mas não como gestora pública.

Ideia tais como meninas devem ser tratadas como “princesas”, e meninos como “príncipes”, Infelizmente, gravidez é um “problema” que dura só nove meses… e que “o aborto dura uma vida inteira da mulher”.

Outras pérolas: “… gostaria de estar em casa toda tarde, numa rede, e meu marido ralando, muito, muito, para me sustentar e me encher de joias e presentes. Esse seria o padrão ideal da sociedade”. Não dá para falar isso, num país que 52% dos domicílios são chefiados por mulheres.

Eu acredito que a prevenção para a violência sexual contra meninas e contra o aborto começa na escola, com aulas de educação sexual.

Infelizmente, o tema foi completamente descaracterizado e deturpado pela chamada “ideologia de gênero” e com isso tenta se impedir o debate e a discussão nas escolas sobre as questões de gênero.

Eu defendo que as crianças precisam ser educadas desde a infância, na família e na escola, sobre a igualdade entre meninos e meninas, homens e mulheres. E na idade adequada, devem receber informações e orientações sobre sexo, sexualidade, métodos contraceptivos porque está mais do que comprovado que a educação sexual é a melhor prevenção para o aborto entre adolescentes e jovens mulheres.

Muito já se escreveu sobre o perigo de educar meninos como príncipes e meninas como princesas- e o risco de criar pequenos imperadores ditadores. Crianças devem ser educadas como crianças, com liberdade e para que tenham oportunidades de desenvolvimento de suas habilidades e capacidades. Infelizmente, há milhões de crianças que não frequentam a escola, não têm acesso à educação infantil e que trabalham desde muito cedo. Essa deveria ser a preocupação da futura ministra assegurar a universalização da educação infantil e combater o trabalho infantil.

Damares parece viver num universo paralelo quando fala sobre o papel da mulher na sociedade e num mundo “ideal” em que cabe ao homem o papel de provedor exclusivo da família. No mundo real, há milhões de mulheres chefes de família, que sustentam seus filhos sem apoio e enfrentam um mercado de trabalho desigual, recebendo menos que seus colegas homens que exercem a mesma função.

A ministra Damares precisa, portanto, rever alguns de seus conceitos, até porque na realidade somos uma democracia plural e moderna.

A visão de Jesus na goiabeira foi uma benção, agora o que preocupa é o pensamento retrógrado da futura ministra em relação a assuntos tão importantes como o aborto, a educação infantil e as mulheres.

A herança maldita de Temer

A partir de janeiro, ao assumir o governo, Bolsonaro encontrará um país com mais de 54,8 milhões de pobres, milhões e onde os jovens não têm perspectivas de emprego.

Pesquisa divulgada na quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que em um ano, o Brasil passou a ter quase 2 milhões de pessoas a mais vivendo em situação de pobreza.

Segundo o IBGE, em 2016 havia no país 52,8 milhões de pessoas em situação de pobreza. Este contingente aumentou para 54,8 milhões em 2017, um crescimento de quase 4%, e representa 26,5% da população total do país, estimada em 207 milhões naquele ano (em 2016, eram 25,7%).

A população na condição de pobreza extrema também aumentou em 13%, saltando de 13,5 milhões para 15,3 milhões no mesmo período. Do total de brasileiros, 7,4% estavam abaixo da linha de extrema pobreza em 2017.

Segundo o IBGE, é considerada em situação de extrema pobreza quem dispõe de menos de US$ 1,90 por dia, o que equivale a aproximadamente R$ 140 por mês. Já a linha de pobreza é de rendimento inferior a US$ 5,5 por dia, o que corresponde a cerca de R$ 406 por mês.

Em 2017, trabalhadores brancos ganhavam, em média, R$ 2.615. Ou seja, 72,5% mais que os pretos ou pardos (R$ 1.516). Na diferença de gênero, a diferença entre homens e mulheres era de 29,7%, ou R$ 2.261 e R$ 1.743 respectivamente.

A taxa de desocupação, que era de 6,9% em 2014, aumentou continuamente até atingir 12,5% em 2017. No período, 6,2 milhões de pessoas ficaram desempregadas e outras 5,2 milhões passaram a procurar emprego (a exemplo daqueles que só estudavam ou viviam da renda do cônjuge). Os jovens sofreram mais. Entre pessoas com 14 a 29 anos de idade, a taxa de desocupação passou de 13% para 22,6% em 2017.

O levantamento mostra ainda que em 2017 havia no país 26,9 milhões de pessoas vivendo com menos de ¼ do salário mínimo, o que equivale a R$ 234,25, já que o salário mínimo era de R$ 937 naquele ano. Este contingente aumentou em mais de 1 milhão de pessoas na comparação com o ano anterior. Em 2016, eram 25,9 milhões de brasileiros nesta condição.

Segundo o analista da Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE, Leonardo Athias, entre os motivos que levaram ao aumento da pobreza no Brasil, destacam-se a crise no mercado de trabalho, com aumento do desemprego e da informalidade, a recessão econômica intensa dos dois anos anteriores, além do corte de investimentos no Bolsa Família, programa de transferência de renda voltado justamente para as classes mais pobres.

“Quem já era pobre ficou mais pobre. Mas teve gente que ficou pobre e não o era antes”, disse o pesquisador em entrevista ao G1.

O Brasil não é apenas pobre, mas profundamente desigual. No Brasil, 10% mais ricos ganham cerca de 17,6 vezes mais que os 40% mais pobres, aponta IBGE

Enquanto rendimento médio mensal em 2017 foi de R$ 6.629, para os mais pobres foi de R$ 376. Os 10% mais ricos concentram 43,1% da renda do país.

Segundo o IBGE, o Brasil tem mais de sete milhões de brasileiros de 14 a 29 anos desempregados. E a falta de qualidade da educação é um dos obstáculos que deixa os jovens fora do mercado.

Outra pesquisa divulgava também na semana passada, reforça a herança maldita do governo Temer e os enormes desafios que o presidente Bolsonaro terá pela frente.

O IPEA divulgou o estudo Millennials na América e no Caribe: trabalhar ou estudar? sobre jovens latino-americanos. Os dados envolvem mais de 15 mil jovens entre 15 e 24 anos de nove países: Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador, Haiti, México, Paraguai, Peru e Uruguai.
Segundo os dados, No Brasil há cerca de 33 milhões de jovens com idade entre 15 e 24 anos, o que corresponde a mais de 17% da população. Desse total, 23% dos jovens brasileiros não trabalham e nem estudam, na maioria mulheres e de baixa renda, um dos maiores percentuais de jovens nessa situação entre nove países da América Latina e Caribe. Enquanto isso, 49% se dedicam exclusivamente ao estudo ou capacitação, 13% só trabalham e 15% trabalham e estudam ao mesmo tempo. 31% dos deles estão procurando trabalho, principalmente os homens, e mais da metade, 64%, dedicam-se a trabalhos de cuidado doméstico e familiar, principalmente as mulheres.

Segundo a  pesquisadora do Ipea Joana Costa, em entrevista a Agência Brasil, os gestores e as políticas públicas têm que olhar um pouco mais por esses jovens. “A melhora de serviços e os subsídios para o transporte e uma maior oferta de creches, para que as mulheres possam conciliar trabalho e estudo com os afazeres domésticos, são políticas que podem ser efetivadas até no curto prazo”, diz.

Segundo o estudo é essencial fortalecer os sistemas de orientação e informação sobre o trabalho e dar continuidade a políticas destinadas a reduzir as limitações à formação de jovens, com programas como o Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). “Os programas de transferências condicionadas e bolsas de estudo obtiveram sucesso nos resultados de cobertura”, diz a análise.

Só haverá alterações significativas na diminuição da pobreza a partir da  recuperação consistente do mercado de trabalho, que obviamente depende principalmente da retomada do crescimento do país e da melhora nas expectativas econômicas.

Diminuir o desemprego entre os jovens, passa necessariamente pela adoção de políticas públicas de apoio à formação profissional e de inclusão social. A verdade é que não há hoje uma política adequada de formação técnica profissionalizante para os jovens. Programas de formação  como o Pronatec e ProJovem foram praticamente desmantelados no governo Temer.

 

Uma reforma previdenciária que acabe com os privilégios!

Em outras oportunidades, já abordei aqui a reforma da Previdência. Todos estão convencidos da necessidade de realizar a reforma, mas o fundamental a dizer é que o país não pode fazer uma reforma que mantenha privilégios de alguns, em detrimento da grande maioria dos trabalhadores. Acredito que a reforma deve acabar de vez com privilégios das castas, sejam lá quais forem, políticos, militares, juízes, promotores, servidores.

Um exemplo das distorções em vigor hoje é o pagamento de pensões para as “filhas solteiras maiores” de servidores, criada pela Lei 3.373, de 1958. Conforme revelou o jornalista Lucio Vaz, somente no Senado, 170 dependentes de ex-servidores recebem o benefício. “O gasto anual com as filhas solteiras fica em R$ 32,4 milhões. A pensão mais antiga entre todas as pensionistas, no valor de R$ 28,8 mil, vem sendo paga há 64 anos.”, diz.

No total, mais de 51 mil mulheres filhas de servidores recebem pensões com base nessa legislação, que foi revogada pela Lei 8.112/90. Elas só perdem o benefício se ingressarem no serviço público ou se casarem. E infelizmente esses privilégios continuarão a ser pagos porque a Justiça assegurou a elas esse direito.

O mesmo acontece para filhas solteiras de militares, conforme a Lei 3.765/60. A legislação foi alterada em 29 de dezembro de 2000, quando foi editada a Medida Provisória 2.215, que alterou as normas da pensão militar, mas até aquela data todo dependente era classificado como pensionista, inclusive as filhas solteiras, independente da idade.

Conforme o jornalista Lucio Vaz, “a MP 2.215/2000 extinguiu o direito de contribuição específica para a pensão das filhas e estabeleceu quem tem direito a pensão militar: “os filhos ou enteados até 21 anos ou até 24 anos, se estudantes universitários ou inválidos”. Mas há uma ressalva: os militares admitidos nas Forças Armadas antes de 29 de dezembro de 2000 podem manter os direitos anteriores à MP, desde que contribuam com 1,5% a mais para a pensão militar”.

É a existência desse tipo de privilégios que precisa ser enfrentado. E a grande questão é se o governo vai querer fazer uma reforma prá valer ou se fará um arremedo de reforma, penalizando os mesmos de sempre.

Os gastos do governo federal no ano que vem com a Previdência Social devem chegar a R$ 767,8 bilhões (53,4% dos gastos totais, estimados em R$ 1,438 trilhão). Os custos incluem a previdência dos trabalhadores do setor privado, dos servidores públicos e também dos militares. Já os gastos em saúde, educação e segurança pública (incluindo Ministério da Justiça) serão de: R$ 228 bilhões (15,86% do total). Esse valor, calculado pela Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados, não inclui os servidores inativos, conforme matéria publicada pelo G1.

O rombo previdenciário, incluindo os trabalhadores do setor privado, os servidores públicos civis, e também os militares, deve continuar subindo e ultrapassará a marca inédita dos R$ 300 bilhões no ano que vem, segundo a reportagem.

Além do governo federal, também os Estados terão que fazer ajustes dos sistemas de previdência dos servidores. Um estudo do IPEA publicado no dia 26 mostra que mostram que os gastos com servidores ativos nas unidades da federação (UFs) aumentaram, em média, 0,8% entre setembro de 2017 e agosto de 2018 na comparação com 12 meses anteriores. Já para inativos, no mesmo período, a variação média foi de 8%.

“O esforço de contenção dos gastos com servidores ativos não foi suficiente para compensar o rápido crescimento dos gastos com pessoal inativo”, explica Cláudio Hamilton dos Santos, pesquisador do IPEA e um dos autores do estudo.

De 2014 a 2017, vinte UFs apresentaram queda no número de servidores estatutários ativos. Para os inativos, a situação foi inversa: todos os 24 estados com dados analisados apresentaram taxa de crescimento positiva. No mesmo período, o número de servidores ativos nos estados encolheu -1,6%, enquanto o de inativos cresceu 5,6. Em outras palavras, a contratação de novos servidores estatutários caiu em quase todas as UFs e o montante de inativos só cresceu.

Para uma reforma da Previdência justa, será necessário muito debate e que essa seja uma discussão séria, que fixe uma idade mínima para a aposentadoria e um teto de pagamentos que valha para todos. Digo isso porque o governo Temer, injustamente, tentou justificar a reforma que propôs como se os vilões fossem os servidores públicos.

O debate precisa ser transparente. Até porque a população precisa ter acesso a todas as informações. Segundo a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, os grandes devedores da Previdência devem mais de R$ 427 bilhões, segundo dados da Associação Nacional de Procuradores da República.

Eu acredito que se for pra valer, a reforma previdenciária precisa ter regras que valham para todos, trabalhadores da iniciativa privada, servidores públicos de todos os Poderes, civis e militares e militares das Forças Armadas.

Que todos recebam o teto do regime geral da Previdência e os que desejarem receber mais que contribuam para a previdência privada ou complementar (como já acontece com os servidores federais que ingressaram no serviço público após 2013).

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