Mês: abril 2019

Jundiaí do Sul terá investimento inédito em saneamento básico

O deputado Romanelli (PSB) e o prefeito Eclair Rauen (DEM) garantiram, nesta segunda-feira, 2, um investimento inédito R$ 4,1 milhões pela Sanepar para implantação de rede coletora e construção de uma estação de tratamento de esgoto em Jundiaí do Sul. “Na semana passada, entregamos um caminhão para a coleta de esgoto e hoje mais esse investimento que vai implantar o sistema de coleta e tratamento de esgoto na cidade”, disse Romanelli após reunião com o presidente da Sanepar, Claudio Stabile.

“Segundo a Organização Mundial de Saúde, a cada R$ 1 investido em saneamento temos a redução de R$ 3 nos gastos com saúde, como é o caso de internações hospitalares causadas por doenças ligadas a falta de água e esgoto tratados”, completou Romanelli.

Romanelli e Eclair na Sanepar: investimento inédito na cidade na área de saneamento básico

Saneamento

A primeira fase da implantação do sistema de esgoto vai atender 350 moradias na cidade de 3,4 mil moradores e com a economia voltada à agricultura e pecuária. “Para nós é muito importante porque é uma questão de saúde pública. O caminhão é uma medida paliativa porque coleta o esgoto e leva para Ribeirão do Pinhal. Agora, através da Sanepar, vamos implantar o sistema de esgoto que ainda não existe em Jundiaí do Sul”, disse o prefeito Eclair Rauen.

“O deputado Romanelli faz esse trabalho conjunto com o município e este trabalho se reverte em obras equipamentos para melhorar o atendimento em áreas prioritárias”, completou o prefeito.

Na última quinta-feira, 28, Romanelli entregou um caminhão pipa com capacidade de 15 mil litros para serviços de coleta de esgoto. O caminhão custou R$ 375 mil – R$ 250 mil através de emenda parlamentar do deputado.

Assembleia aprova título de utilidade pública a Sociedade Rural do Paraná

O deputado Romanelli (PSB) é um dos signatários do projeto de lei aprovado nesta segunda-feira, 1º de abril, na Assembleia Legislativa que concede o título de utilidade pública a Sociedade Rural do Paraná. “A SRP é referência não só no avanço do agronegócio no País, como também como uma entidade que busca o desenvolvimento da região Norte, através apoio à pequisas entre outras ações”, diz Romanelli.

A matéria aprovada em redação final – de autoria ainda dos deputados Tercílio Turini (PPS), Cobra Repórter (PSC) e Tiago Amaral (PSB) – segue para sanção do governador Ratinho Junior. O projeto destaca as finalidades da SRP, entre elas, dispor das estruturas do Parque Ney Braga para Expolondrina – maior feira de agronegócio do sul do país – que este ano será realizada entre os dias 5 e 14 de abril.

Segundo a justificativa do projeto, a SRP incentiva ainda as práticas de proteção, conservação e recuperação do meio ambiente e busca um modelo de regulamentação ambiental “tecnicamente embasado, preservando o meio ambiente, simultaneamente com a manutenção da viabilidade produtiva da propriedade”.

“Destacamos ainda o incentivo e desenvolvimento, entre a comunidade e os associados, de atividades agropastoris, através de cursos e pesquisas, com o desenvolvimento de tecnologias alternativas na área rural, de alimentos e de animais, promovendo as diversas raças de todos os gêneros, e de novas técnicas na produção de alimentos, conservação de solos e plantio”, completa a justificativa.

É preciso estar atento e forte

“Da ditadura eu tenho ódio e nojo” Ulisses Guimarães

O governo do presidente Jair Bolsonaro completa 90 dias neste 1º de abril sem uma única ação concreta em favor do País que seja digna de lembrança e busca disfarçar sua própria inação, incompetência e desmazelo com factoides, ações destrambelhadas e, sobretudo, uma insidiosa guerrilha ideológico-cultural que extravasa pelas redes sociais, em grande prejuízo ao Brasil.

Muito das características deste embate permanente sustentado pelo presidente e seus seguidores foram suas declarações estimulando comemorações pelo aniversário do golpe de 31 de março de 1964.

Não adianta fantasiar, comemorar ou rememorar é a mesma coisa. O golpe de 1964 pode ser chamado do que quiserem: de “golpe militar”, “de revolução”, “a redentora”, etc.

É um fato histórico e nenhuma nova narrativa vai modificar isso. O que causa espécie é que em pleno Estado Democrático de Direito, se proponha atos nos quartéis que atentem contra a verdade. O fato em si é tão grave que uma simples ordem de serviço emitida pelo presidente da república para ser lido nos quartéis questionando a história assustou a todos que acreditam na democracia.

Não é isso que o Brasil precisa e não é isso que vai resolver uma questão crucial neste momento: criar postos de trabalho para mais de 13 milhões de brasileiros desempregados. O povo quer paz, trabalho e políticas públicas consistentes para educação, saúde, segurança, habitação e transporte público. Quer a retomada do crescimento, geração de emprego e renda. Votou em Bolsonaro na expectativa de que, eleito, cumprisse seus compromissos.

E o que faz o presidente da República? Acena com fantasmas do passado, com um discurso que seria mais adequado aos tempos da guerra fria. É uma tentativa de rasgar a história e impor ao limbo as lutas que vencemos e perdemos na retomada democrática do país, nas quais, eu e muitos brasileiros têm orgulho de ter participado ativamente deste processo que nos custou tantas vidas.

O presidente parece indiferente à qualquer senso crítico que o cargo exige. Em Washington, no lamentável espetáculo de subserviência em que prestou vassalagem a Donald Trump, Bolsonaro atirou contra o “velho comunismo”, que já não existe mais nem na China, exceto na retórica oficial de Pequim.

Depois do encontro que lá teve com seu guru Olavo de Carvalho, saiu em defesa das comemorações do 31 de março nos quartéis, provavelmente sob a influência do astrólogo-filósofo da Virgínia, mentor intelectual do bolsonarismo.

É mais que hora de tratar o regime militar (1964-1985) como página virada, um momento difícil na história nacional, pois centenas de pessoas foram mortas (de ambos os lados), torturadas, exiladas. As mazelas são bem conhecidas e jamais deverão ser esquecidas, mas faz parte do passado.

Felizmente, a postura presidencial mais constrangeu que excitou oficiais do Exército, da Marinha e da Aeronáutica: parcelas amplamente majoritárias da oficialidade se modernizaram e se profissionalizaram. A ‘comemoração’ do presidente constrangeu os militares da nova geração. Eles têm formação técnica, são humanistas, amam a pátria e acima de tudo, amam a democracia.

Os militares têm consciência das atribuições constitucionais das Forças Armadas na democracia, de defesa da pátria e garantia dos poderes constituídos. De seu papel central no desenvolvimento nacional e na manutenção da nossa soberania. Subordinadas ao poder civil.

A insensata intervenção do presidente, típica das antigas vivandeiras de quartéis – na inesquecível definição do marechal-presidente Castelo Branco, referindo-se aos civis que insuflavam as ambições militares -, só não teve maior repercussão porque, em paralelo, ele se meteu num inacreditável bate-boca com o presidente da Câmara dos Deputados sobre as responsabilidades de cada um deles na votação da reforma da Previdência.

Além disso, o próprio Bolsonaro recuou depois, ao trocar o verbo: não queria comemorar, mas “rememorar” o golpe de 64 – uma emenda que não melhorou o soneto.

O comportamento errático do presidente, sua constante conduta em zigue-zague, ameaça por em risco até mesmo a única iniciativa palpável de seu governo, a reforma da Previdência enviada ao Congresso, ainda que o projeto seja suscetível de muitos questionamentos por retirar direitos dos segmentos mais vulneráveis da população.

Mais governo e menos tuítes, mais seriedade e menos negligência. É o mínimo que o País espera do presidente. Basta de instabilidade e turbulência.

É hora de começar a governar, presidente.

*Luiz Claudio Romanelli, advogado e especialista em gestão urbana, é deputado estadual pelo PSB.

Scroll to top