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Romanelli participa de reunião para definir projetos prioritários a serem executados pelo Estado

O deputado Romanelli (PSB) participou nesta quarta-feira, 8, de reunião no Palácio Iguaçu, sede de Governo do Estado, em que listou os projetos prioritários que podem ser executados nas regiões do Norte Pioneiro, Norte e Noroeste. “A ideia do governo é fazer um banco de projetos para obras e buscar recursos necessários, junto ao Tesouro do Estado e no governo federal, para executá-las. O interessante que as prioridades podem ser pactuadas entre as lideranças das regiões”, disse Romanelli do encontro junto com o chefe da Casa Civil, Guto Silva; os secretários Sandro Alex (Infraestrutura e Logística) e Valdemar Bernardo Jorge (Planejamento) e deputados estaduais.

Os deputados vão listar as principais demandas e segundo o secretário, Valdemar Jorge, o trabalho envolve todas as secretarias e precisava envolver a base parlamentar. “O objetivo desta reunião foi conversar com os deputados, ouvir quais são as demandas regionais e construir um banco de projetos para o Estado”, disse.

A proposta do governo é trabalhar em conjunto e, a partir do levantamento, fazer as licitações e captar os recursos para a execução das obras apontadas pelos representantes das regiões. “Estamos buscando recursos do Tesouro do Estado, do Governo Federal e de financiamentos para poder executar obras importantes para o Paraná”, disse Guto Silva. O Estado deve reservar R$ 300 milhões para a a primeira etapa dos projetos.

Romanelli defende manutenção de investimentos nas Universidades Federais do Paraná

A Assembleia Legislativa aprovou nesta terça-feira, 7, requerimento do deputado Romanelli (PSB) em que encaminha ofício aos senadores paranaenses – Flávio Arns (Rede), Alvaro Dias (Pode) e Oriovisto Guimarães (Pode) – e ao Ministério da Educação em defesa da manutenção dos investimentos públicos nas universidades federais do Paraná. Na última semana, o ministro Abraham Weintraub (Educação) anunciou o bloqueio de 30% no orçamento destinado ao custeio das universidades e instituições federais de ensino superior.

“Encaminhamos requerimento de ofício aos senadores e ao ministro para manifestar o apoio, sim, pela manutenção dos investimentos no orçamento das universidades”, explicou o deputado.

De acordo com Romanelli, o corte das verbas orçamentárias destinadas às instituições federais – entre elas a UFPR (Universidade Federal do Paraná), a UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná e o IFPR (Instituto Federal do Paraná) – afetará diretamente as atividades, com graves consequências para os estudantes, professores e servidores.

“É uma repercussão negativa para todos os paranaenses. As universidades públicas federais constituem o maior sistema de formação de recursos humanos, produção de conhecimento, desenvolvimento tecnológico, prestação de serviços à sociedade e promoção da cidadania do país”, declarou Romanelli.

Para o deputado, o encaminhamento do ofício é para que o MEC reveja e reanalise a medida de forma responsável. “É preciso defender as universidades públicas, não só do Paraná, mas de todo o país. Há risco concreto de retrocesso na educação do país. A descontinuidade das políticas de financiamento desse sistema ameaça o desenvolvimento nacional na construção de uma sociedade melhor e mais justa”, pontuou Romanelli.

Convênio entre TJ e Alep aproxima jovens do legislativo, diz Romanelli

O deputado Romanelli (PSB) afirmou nesta terça-feira, 7, que o convênio assinado entre o Tribunal de Justiça e a Assembleia Legislativa vai aproximar os jovens para conhecer a rotina e o dia-a-dia de trabalho do poder legislativo e do judiciário. “A meta é uma interação maior com a sociedade, atraindo os jovens para que possam conhecer melhor as instituições e contribuir com opiniões e ideias”, disse Romanelli, 1º secretário do legislativo.

“O convênio permite qualificar o debate e construir uma relação mais próxima com os jovens do Paraná”, acrescenta.

O documento foi assinado pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSDB), pelo desembargador José Laurindo de Souza Netto, 2º vice-presidente do TJ e pelo deputado Romanelli.

Duas etapas – O projeto “Rolê Cívico Paranaense” pretende aproximar Assembleia e Tribunal dos alunos de Direito, levando conhecimento do funcionamento das duas instituições, especialmente para o Interior do Estado.

O projeto consiste em duas etapas. Na primeira delas, as instituições de ensino superior que quiserem fazer parte do programa, receberão material de apoio tanto do Tribunal de Justiça quanto da Assembleia Legislativa do Paraná para ser trabalhado em sala de aula.

Os vídeos contarão a história da Alep e do TJ-PR e mostrarão o funcionamento e as particularidades de cada Poder. O segundo passo é conhecer na prática como tudo funciona. Os alunos viajam até Curitiba e participam de tour guiado pelo Tribunal de Justiça, participando de uma sessão. Depois farão o mesmo na Assembleia Legislativa.

ÍNTEGRA DO PRONUNCIAMENTO DO NA SESSÃO DESTA SEGUNDA-FEIRA, 6 DE MAIO NA ALEP

Senhor presidente, senhoras deputadas, senhores deputados. Subo a tribuna desta Casa pela segunda vez nessa legislatura, nobre líder do Governo deputado e grande amigo Hussein Bakri (PSD), para falar de um tema que considero da maior importância. Lanço mesmo um desafio que esta Casa pode se aprofundar sob esse tema que vou falar, sob o risco de deixarmos perpetuar uma grande situação que é contrária ao interesse público.

Explico o que é. É o acordo de leniência feito pela Operação Lava Jato com a concessionária Rodonorte. Como todos tomaram conhecimento, diferente de outras onde houve decisão judicial do TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), no caso da Rodonorte, foi feito um acordo de leniência.

O que é o acordo de leniência, na sua essência? Ele impõe obrigações a um ente jurídico, no caso uma concessionária de pedágio e a empreiteira que é a controladora, no caso a CCR, impõe um conjunto de obrigações e, ao mesmo tempo, libera a empresa para contratar com o poder público e também resolve as questões pontuais em relação aos diretores e outros funcionários ou empregados da empresa que estivessem ou estiverem envolvidos em atos de corrupção praticados por agentes públicos ou na espécie políticos.

O que chama a atenção, porque demorei para conseguir o termo de leniência, o termo de leniência a mim me parece que de um lado tem alguns pontos que há muitos anos temos alertado, debatido e discutido, mas é assim, a Rodonorte concorda em dar um desconto de 30% na tarifa pelo prazo de um ano. Ora, faltam dois anos e meio, dois anos e sete ou oito meses para concluir o contrato e durante um ano ela reduz a tarifa em 30%, depois volta a tarifa no preço normal. Ao mesmo tempo, ela fica obrigada a indenizar ou repassar ao órgão concedente, ao poder concedente, no caso do pedágio, o Paraná, R$ 350 milhões.

Bom, parece que é um negocião feito pela operação Lava Jato! Mas, não é. E explico por que não é. Porque, infelizmente, a grande questão que eu e vou destacar aqui o deputado Tercílio Turini (PPS) temos abordado, e desde 2017 descobri, deputado Homero Marchese (Pros), que também tem tratado da questão do pedágio, descobri que no contrato original da Rodonorte estava a integral duplicação da BR-376, a nossa Rodovia do Café. Em qual trecho? Ni que vai de Apucarana até Ponta Grossa. Ora, todo mundo que é do Norte do Estado, desde menino ando na Rodovia do Café e sabemos que é uma rodovia um pouco melhor muitas vezes do que um carreador em alguns dos seus trechos, por conta da péssima geometria da estrada, a topografia desfavorável, enfim, e a falta mesmo de investimentos.

O mais interessante é que esse termo de leniência firmado, na minha avaliação, ele é contrário ao interesse público. Por que é contrário ao interesse público? Porque a duplicação integral, que está no contrato original, que obriga a Rodonorte a fazer os 240 quilômetros de duplicação, estão sendo na verdade e na prática desobrigados por uma das cláusulas do termo de leniência.

Vou usar o horário do PSB, por deferência do líder, deputado Tiago Amaral.

E digo isso por quê? Porque quando vamos ler na página 10 do termo de leniência… e eu gostaria de disponibilizar e quero passar aos anais da Casa o termo de leniência, como também quero passar o contrato original da Rodonorte, que é o Lote 5, da concorrência internacional 5. O que é interessante? É que justamente no §1.º do artigo 7.º do termo de leniência diz assim, prestem atenção: “§1.º O MPF poderá propor ação civil pública relativa à ilegalidade ou inadequação do critério de medição por insumos, inclusive para questionar suas consequências e exigir obrigação de fazer em relação às obras suprimidas em razão da adoção do referido critério…” E vai por aí.

O que acontece? O famoso contrato, que foi fruto de um conluio entre as empreiteiras e o governo de então, que foi o governo Lerner, o que eles fizeram? Eles incluíram, está na página 61 do contrato da Rodonorte com o Estado, a cláusula 65 é uma cláusula leonina, porque essa cláusula estabelece no item 5.º, Alínea B, o controle por medição da execução das obras de recuperação inicial, restauração, melhoria e ampliação da capacidade das rodovias principais.

Qual que é o grande pulo do gato do pedágio que ninguém conseguiu derrubar na Justiça e pelo que eu vi a Operação Lava Jato cedeu, cedeu mais uma vez às empreiteiras, no caso da Rodonorte. Cedeu o quê? Eles não querem fazer 92 Km, segundo o DER, e 81 Km, segundo a concessionária Rodonorte. Não querem fazer o quê? Não querem fazer a duplicação de 240 Km dizendo que o físico é uma coisa, o financeiro é outro. Ora, minha gente, esse item…

Daí o Ministério Público diz o seguinte, o Ministério Público Federal fala: Não, a Rodonorte, muito boazinha, concordou que o Ministério Público Federal pode entrar com uma ação civil pública, que é obrigação de fazer justamente essa duplicação de 80 ou 90 Km que está suprimida. Ou seja, sejamos realistas: o acordo de leniência é contrário ao interesse público, não resolve a duplicação da BR-376.

O problema nosso concreto qual é? É que nós não teremos a duplicação integral dessa rodovia, quando essa obrigação está prevista no contrato original e justamente na hora do acordo de leniência é a hora de obrigar com que fosse feita a integral duplicação.

E o pior de tudo, senhoras e senhores, é que o Estado do Paraná, que é o poder concedente, que tem a delegação das rodovias federais no Paraná, ele literalmente está fora do acordo de leniência feito com a empreiteira. O Ministério Público Federal não incluiu nem o Estado do Paraná, nem o DER que representa o poder concedente, não incluiu a PGE, a Procuradoria Geral do Estado, e muito menos o Ministério Público Estadual. Foi tudo feito à revelia de fato de quem tem os atos de gestão em relação ao pedágio.

O que eu quero dizer é que se de um lado as pessoas e os Procuradores agem de forma bem intencionada, em buscar reparar o dano causado pela concessionária Rodonorte, eu que tenho uma longa caminhada de mais de 20 anos combatendo esse modelo perverso de pedágio, quero dizer: esse Acordo de Leniência é contrário ao interesse público porque ele não garante a duplicação integral da BR-376, a Rodovia do Café. Ao contrário, ao contrário, a concessionária diz com essa cláusula que eu acabei de ler, o § 1.º da cláusula 7.ª do Acordo de Leniência diz: nós não vamos fazer a duplicação dos 80 Km que estão faltando na previsão da própria execução da obra, até porque falta muito mais do que 80 Km de duplicação para ser feita a Rodovia do Café.

Aparte do deputado Tadeu Veneri (PT)
Deputado Romanelli, quero, primeiro, cumprimentá-lo por abordar este assunto. Eu acho que ele é fundamental no momento em que nós fazemos um debate a respeito da necessidade de melhorar os investimentos no Estado do Paraná, na necessidade de fazer um debate sobre, inclusive, a próxima concessão, caso venha a ocorrer, do pedágio no Estado do Paraná. Ele é oportuno não só pela Rodonorte, mas ele é oportuno por todas as concessionárias que operam no Anel que fez, desde o Governo Jaime Lerner, que fez com que nós tivéssemos pedágio no Estado do Paraná. Eu estive, agora, em Guarapuava, no último final de semana. A rodovia que deveria ser duplicada é basicamente pista simples, é assim até Foz do Iguaçu, é assim não só até Apucarana, como V.Ex.a colocou, mas é de Apucarana até o final da concessão também, praticamente todas as rodovias que receberam a concessão continuam da forma como eram, algumas com terceira pista, algumas com pedaços duplicados, mas continuam exatamente como eram no período de 20 anos atrás, ou 18 anos atrás. O que é mais grave, as concessionárias, no caso específico da Rodonorte, ao fazerem o acordo de leniência se habilitam a participar de uma próxima etapa de concessão do pedágio, o que é um absurdo, porque ela já cumpriu aquilo que ela deveria cumprir agora. Como diz o Ministério Público, V.Ex.ᵃ colocou, até com boa intenção o Ministério Público faça isso, mas boas intenções não bastam, ela se habilita mesmo tendo descumprido tudo aquilo, não estou nem falando da fraude, isso é caso de polícia, não é caso de acordo, é caso de polícia, mas mesmo descumprindo, além da fraude, todas as outras cláusulas que previam que ela fizesse a duplicação, previam obras de arte, previam outras atividades, não foram feitas. E agora a própria Rodonorte e as outras empreiteiras vão se habilitar, num prazo muito curto, a voltar inclusive com todo o seu portfólio que terão, a fazer novamente concorrer e talvez fazer mais um período de 20 anos, podendo ficar mais 20 anos com as rodovias do Paraná. Eu só lembro Deputado, que V.Ex.ᵃ e os Deputados da região norte foram aqueles que mais bateram aqui que então liberem logo a 323 para Odebrecht, já que fizeram tanto acordo com a Odebrecht, inclusive fala-se aí em R$ 6 bilhões que seria um escândalo muito maior do que aqueles R$ 2 bilhões do Deltan Dalagnol, libera de uma vez para Odebrecht fazer logo o corredor da 323, que já está com todo o processo pronto, e acabou a história, porque é isso que estão fazendo, estão liberando. A Odebrecht não fez um acordo de leniência? Então, libera logo, acaba com essa história e vamos todos para casa pagar pedágio o resto da vida.

Deputado Tadeu, é um tema até para ser discutido e debatido mesmo. Agora, eu queria pedir ao deputado Tião Medeiros (PTB), que preside a Comissão de Obras, Transporte e Comunicação da Assembleia Legislativa. Deputado Tião Medeiros, queria requerer que V.Ex.ᵃ, vou fazê-lo verbalmente, mas depois formalizo, através da Comissão pudesse convidar o Ministério Público Federal, através dos seus Procuradores, para virem a Assembleia explicar essa questão, convidar o DER, a PGE, a Secretaria de Infraestrutura e Logística, colocar todo mundo na Mesa e ter uma conversa franca sobre isso. Aliás, convidar a Rodonorte para vir aqui.

Eu entendo que a Casa não pode permanecer em silêncio, porque se nós não denunciarmos esses 80 quilômetros de duplicação nunca serão realizados. E eu não vou ficar passando o resto da minha vida me cobrando de não ter denunciado que esse acordo que foi feito de leniência é lesivo ao interesse público, não dá para a gente poder usar outro termo que não seja esse, porque o acordo tem que manifestadamente garantir a realização das obras que estão previstas fisicamente no contrato original assinado pela Econorte e o Estado do Paraná.

Aparte do deputado Tião Medeiros
Primeiro agradecer aí pela oportunidade do aparte e cumprimentar V.Ex.ᵃ pelo discurso, eu ouvia desde lá o gabinete, e já disse isso em outras oportunidades, que me somo à preocupação que o senhor traz a essa Casa. Ainda na data de hoje teremos uma reunião da Comissão de Obras Públicas e Transportes, vou submeter aos demais membros esse questionamento, se assim aprovado for faremos a Audiência Pública. Faço questão que o senhor nos acompanhe e faça a listra de quem nós vamos convidar para poder realizar essa audiência.

Eu agradeço o deputado Tião Medeiros, agradeço aos senhores deputados. Não vai dar tempo de eu falar da Econorte e da BR-369, da duplicação que está praticamente paralisada, da obra do viaduto em Santo Antonio da Platina que foi abandonada pela Econorte após decisão judicial. Ficaram dez anos cobrando ilegalmente o pedágio, dez anos, já arrecadaram cinco vezes para fazer as obras e as obras estão paradas lá e não tem quem consiga fazer a Econorte realizar as obras.

Como também eu já vi os espertalhões da Rodonorte mais uma vez estão tapeando. E olha, desta vez gente experimentada, acostumada a enfrentar esta gente, estas empreiteiras, que são danadas. Porque o que eles querem é justamente o quê? Fazer o acordo de leniência para poder participar dos próximos leilões de pedágio no Paraná e no Brasil e ficarem cada vez mais ricos e auferir mais resultados. Eles têm que ser obrigados a fazer integralmente as obras que estão previstas no contrato original, muito especialmente nesse caso a duplicação integral da BR 376 ,a Rodovia do Café, ligando Ponta Grossa a Apucarana. Era isso, senhor presidente.

Romanelli pede audiência pública para debater acordo de leniência entre MPF/Lava Jato e Rodonorte

O deputado Romanelli (PSB) enviou nesta segunda-feira, 6, ofício ao presidente da Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicação, Tião Medeiros, em que pede a realização de audiência pública para debater o acordo de leniência assinado entre o MPF (Ministério Público Federal) no âmbito da Operação Lava Jato e a concessionária Rodonorte. Romanellli considera o acordo lesivo e contrário aos interesses do Estado, entre outros pontos, porque não contempla a duplicação da BR-376 entre Ponta Grossa e Apucarana.

Para Romanelli, a audiência servirá para discutir se os acordos satisfazem os usuários das estradas pedagiadas, no que tange ao preço, obras e demais serviços; se satisfazem os danos e prejuízos sofridos pelo Estado, durante os anos em que os contratos de concessão estiveram em vigor; se atendem as expectativas do usuário, quanto à realização de obras nas rodovias concessionadas.

Também servirá para “tomar conhecimento das medidas que o Estado pretende empreender, como órgão responsável a apontar as obras a serem realizadas e como órgão fiscalizador”.

O deputado sugere que sejam convidados para a audiência pública os representantes do MPF, MPE, PGE, Estado – através da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística, DER e Agepar -, da Ordem dos Advogados do Brasil; de concessionárias; da sociedade civil; e de movimentos sociais.

“A realização de audiência pública certamente proporcionará a produção de material razoável que permita concluir se o povo paranaense, após os acordos de leniência realizados no âmbito da Operação Lava Jato com as concessionárias de rodovias, se encontra resguardado em seus direitos como usuário e eventuais ações que ainda possam ser executadas a fim de proteger o cidadão paranaense”, justifica Romanelli no requerimento.

“Acordo de leniência da Rodonorte é lesivo ao interesse público”, diz Romanelli

O deputado Romanelli (PSB) disse nesta segunda-feira, 6, que o acordo de leniência assinado entre o MPF (Ministério Público Federal) e a concessionária Rodonorte é lesivo e contrário ao interesse público porque não contempla a duplicação da BR-376, a Rodovia do Café, entre Ponta Grossa e Apucarana. “Esta obra está excluída do termo de leniência. Porque tem 80 quilômetros que a concessionária diz que não tem recurso financeiro para executar, embora haja previsão da realização física da obra”, adianta.

Romanelli alerta que o contrato original de concessão desse lote de rodovias prevê a duplicação integral da BR-376 na ligação entre Apucarana e Ponta Grossa. “Para minha surpresa, ao ler o termo de leniência, o acordo, verifiquei que o MPF trata isso no parágrafo 1º do artigo 7º como uma possibilidade de a Rodonorte concordar de ingressar na Justiça com ação civil pública com obrigação de fazer para discutir especificamente essa questão”.

Sem duplicação – Se por um lado, segundo Romanelli, o acordo de leniência estabelece uma indenização que tem que ser paga pela Rodonorte, ou seja, durante o ano uma redução de 30% no valor da tarifa do pedágio, que dá mais ou menos R$ 350 milhões, por outro impõe-se uma obrigação da concessionária fazer as obras até R$ 350 milhões, as quais o Estado escolheria.

“Essa (a duplicação da BR-376) e outras obras estão suprimidas no acordo de leniência. O acordo libera, de forma definitiva, a Rodonorte para participar de futuras licitações com o Poder Público e o prejuízo do povo paranaense será permanente, além das pessoas que poderão perder a vida nos acidentes pela falta de duplicação. Sabe-se lá Deus quando que haverá possibilidade de duplicar esse trecho de rodovia”, completa Romanelli.

Ausência do Estado – O deputado também estranha porque o Estado – através do DER-PR, Procuradoria Geral do Estado e Ministério Público Estadual – não foi chamado para fazer parte do acordo de leniência. “O Estado do Paraná que é o poder concedente, através do DER, o MPE, a PGE, todos estes órgãos estão excluídos do acordo pelo MPF, pela Operação Lava Jato”.

Romanelli requereu a Comissão de Obras Públicas da Assembleia Legislativa a realização de audiência pública – listou o DER, o MPF, Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística, a Agepar e todos os outros órgãos envolvidos para debater o “tema a luz do interesse público”.

O acordo leniência foi assinado, mas pode ser questionado, reafirma o deputado. “Estou questionando o acordo por conta da não inclusão dos 80 km que a Rodonorte se recusa a duplicar a Rodovia do Café. “Efetivamente, o Estado fica completamente excluído de qualquer tipo de pretensão em relação as obras que pretendem realizar”, completa Romanelli.

Os 13 anos do Salário Mínimo Regional do Paraná

“O presente contém todo o passado“ – Antonio Gramsci

Numa época de tanto desalento em relação a valorização do trabalho e do trabalhador, com precarização das relações trabalhistas, com o ataque direto e frontal à aposentadoria dos trabalhadores, fica muito difícil manter políticas que vão contra o discurso dominante da grande mídia, embalado pelo apoio dos principais grupos empresariais e pelo Ministro da Economia Paulo Guedes, que tem na essência do pensamento econômico que acredita e defende, a redução do custo da mão de obra, e que acaba inundando as redes sociais.

Mesmo sem horizonte claro no plano nacional de como enfrentar a crise econômica e retomar a abertura de postos de trabalho – hoje são mais de 13,4 milhões de brasileiros desempregados -, é importante destacar os 13 anos de implantação do piso do salário mínimo regional do Paraná como uma política consolidada de apoio aos trabalhadores, em especial, aos que não têm dissídio coletivo ou para fortalecer as negociações da data-base das categorias representadas por sindicatos.

O atual piso regional, válido desde o início do ano, varia entre R$ 1.306,80 e R$ 1.509,20. É até 33,8% maior ao salário mínimo nacional, fixado em R$ 998,00. Mesmo a menor faixa do piso salarial no Paraná é 23,6% maior que o mínimo nacional.

Não foi fácil implantá-lo como política de Estado em 2006. Tivemos resistência de setores do empresariado. Em 16 de maio de 2006, o então governador Roberto Requião sancionou a lei nº 15.118 regulamentando o Piso Salarial do Estado do Paraná.

Lembro das reações adversas, unânimes em prever o aumento da inflação, do desemprego e da informalidade. Não foi uma tarefa fácil enfrentar a lógica tecnocrata do corte dos salários, da liquidação dos direitos e da “racionalização” dos custos. Contudo, o que se viu foi exatamente o contrário. Cresceu a geração de empregos, diminuiu a inflação, aumentou o número de trabalhadores com carteira assinada e caiu o índice de desigualdade social.

Participei da histórica reunião promovida pelo governador Requião, quando em conjunto com os sindicatos, foi decidida a implantação do piso regional no Paraná.

Hoje, o salário mínimo regional atende de forma direta e indireta mais de 1,5 milhão de trabalhadores, e além disso movimenta o comércio, serviços e outros segmentos importantes da nossa economia.

A partir de 2007, na condição de Líder do Governo na Assembleia Legislativa (Requião), a cada ano a lei de reajuste do piso salarial do Paraná era objeto de grande reação por parte da classe empresarial.

Em 2011, assumi como Secretário Estadual do Trabalho, impus como condição ao receber o convite para o cargo, pelo então governador Richa, a manutenção da política de valorização do piso do salário mínimo regional no Paraná. Ele aceitou, e me disse que só tinha um compromisso – o de incluir o setor empresarial no debate. Foi a decisão mais acertada que tivemos, pois levamos o debate para o âmbito do Conselho Estadual do Trabalho, que é tripartite, ou seja conta com a representação patronal, governamental e dos trabalhadores, por meio dos suas centrais sindicais. Estabeleceu-se no Paraná um pacto a favor do emprego e renda, pois passamos a garantir um piso sempre superior a 30% do salário mínimo nacional.

Atualmente, o Piso Salarial do Estado do Paraná é regulamentado pela Lei 18.766, que foi sancionada em 1º de maio de 2016 pelo então governador Beto Richa. Naquele ano, na condição de Líder do Governo na Assembleia Legislativa, auxiliei na coordenação das negociações sobre os percentuais de reajustes junto às federações patronais e às centrais sindicais de trabalhadores, garantindo uma regra que norteia a política do piso de 2016 a 2020.

Nessa negociação foi estabelecido que a data-base do reajuste do piso salarial seria antecipada um mês a cada ano e o reajuste seria o mesmo do salário mínimo nacional, que consiste na reposição da inflação do ano anterior (INPC) acrescido de aumento real equivalente ao crescimento do PIB de dois anos atrás.

O Paraná, junto com o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul, foi um dos primeiros estados a implantar o piso regional, uma importante conquista que hoje concilia tanto os interesses dos trabalhadores como dos empregadores paranaenses.

Após a criação do piso regional, o Paraná registrou, ao longo desses 13 anos, melhora contínua nos índices de geração de empregos e de trabalhadores com carteira assinada, inclusive com a queda na desigualdade social.

A partir de 2021, a política de valorização dos pisos salariais a serem fixados será novamente objeto de negociação tripartite entre as centrais sindicais e federações patronais, com a participação do Estado e acompanhamento do Ministério Público do Trabalho e do órgão responsável pelo setor no governo federal.

Essa comissão tripartite deverá ser constituída até o final do primeiro semestre de 2020, e será nomeada por meio de resolução do Conselho Estadual do Trabalho, Emprego e Renda – órgão encarregado de fazer o monitoramento e avaliação da política estadual de valorização do piso salarial do Paraná.

Agora, no plano nacional, enfrentamos problemas. Em 2020 não haverá aumento real do salário mínimo nacional. No projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias do ano que vem a ser enviado ao Congresso Nacional, o valor do mínimo deve apenas repor as perdas inflacionárias, e não mais considerar o crescimento da economia do país, como vinha acontecendo desde 2011.

O motivo é que a lei que determinava a regra de considerar também a variação do PIB expirou e a equipe do ministro Paulo Guedes propôs a correção da remuneração básica apenas pela inflação medida pelo índice INPC no ano anterior. Pelo novo cálculo, o valor ficará, até agora, em R$ 1.040.

É preciso estarmos atentos com essa ‘nova política’ do salário mínimo nacional para evitar que as conquistas alcançadas nos últimos anos, de forma racional e pactuada, não sejam precarizadas na lógica torta dos tecnocratas de plantão. E vale sempre lembrar que o aumento real do salário mínimo nos últimos anos é apontado por especialistas como um dos responsáveis pela queda da pobreza no país.

Luiz Claudio Romanelli, advogado e especialista em gestão urbana, é deputado estadual pelo PSB do Paraná.

Romanelli propõe que Consegs recebam créditos do Nota Paraná

O deputado Romanelli (PSB) apresentou projeto de lei nesta segunda-feira, 29, incluindo os conselhos comunitários de segurança no programa Nota Paraná. Segundo Romanelli, o projeto prevê a permissão do cadastramento dos conselhos como entidades favorecidas pelos créditos e prêmios previstos no Programa de Estímulo à Cidadania Fiscal do Paraná (lei 18.451/2015).

“Os Consegs (conselhos comunitários de segurança) já ultrapassaram o papel de articuladores das demandas da sociedade, atuam muitas vezes como parceiros do poder público assumindo custos de manutenção de viaturas, na compra de materiais e equipamentos e na instalação de sistemas de vídeo-monitoramento. A inclusão no programa permitirá um reforço na arrecadação dos conselhos por meio de créditos do Nota Paraná”, destaca Romanelli.

Atualmente o programa permite que entidades de assistência social, saúde, defesa e proteção animal, desportiva e cultural possam ser favorecidas pelos créditos dos documentos fiscais emitidos nas operações abrangidas pelo programa. As notas são creditadas quando consumidor não apresenta o seu CPF ou escolhe uma instituição para “doar” sua nota .

Além dos créditos, as instituições cadastradas no Nota Paraná também concorrem aos sorteios mensais. Os prêmios mensais chegam a R$ 50 mil. Nos sorteios especiais, o valor dos prêmios principais chegam a R$ 200 mil.

Há mais de 1.300 instituições cadastradas no programa que já receberam R$ 127 milhões.

QUATRO ANOS – Romanelli reforça que a Assembleia Legislativa do Paraná fará uma sessão solene em homenagem ao programa Nota Paraná. Agendada para o dia 20 de maio, a sessão marcará os quatro anos do programa que já devolveu R$ 1,4 bilhão aos paranaenses, entre créditos e prêmios.

Criado pela lei nº 18.451 de 6 de abril de 2015, o Nota Paraná é um programa de estímulo à cidadania fiscal. Incentiva o consumidor a exigir o documento fiscal no momento de uma compra e devolve 30 % do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) recolhido pelo estabelecimento.

Já são mais de 20 milhões de CPFs diferentes nas notas fiscais e 2,5 milhões de cadastros.

COMO SE CADASTRAR – Para se cadastrar no Nota Paraná basta acessar www.notaparana.pr.gov.br e clicar na opção “cadastre-se”. Para participar dos sorteios é preciso fazer adesão no site.

Romanelli destaca 13 anos do Salário Mínimo Regional do Paraná

O deputado Romanelli (PSB) destacou nesta terça-feira, 30, os 13 anos de implantação do salário mínimo regional do Paraná como política consolidada de apoio aos trabalhadores, em especial, aos que não têm dissídio coletivo ou data-base. “O salário mínimo regional atende de forma direta e indireta mais de 1,5 milhão de trabalhadores, e além disso movimenta o comércio, serviços e outros segmentos importantes da nossa economia”, disse.

“O Paraná foi um dos primeiros estados a implantar o piso regional, uma importante conquista que hoje concilia tanto os interesses dos trabalhadores como dos empregadores paranaenses”, completa Romanelli.

O atual piso regional, válido desde 1º de fevereiro, varia entre R$ 1.306,80 e R$ 1.509,20. É até 33,8% maior ao piso nacional, fixado em R$ 998,00. Mesmo a menor faixa do piso salarial no Paraná é 23,6% maior que o mínimo nacional.

“Após a criação do piso regional, o Paraná registrou, ao longo desses 13 anos, melhora contínua nos índices de geração de empregos e de trabalhadores com carteira assinada, inclusive com a queda na desigualdade social”, destaca o deputado.

A partir de 2021 – Romanelli ainda pontua que a política de valorização dos pisos salariais a serem fixados a partir do ano de 2021 será objeto de negociação tripartite entre as centrais sindicais e federações patronais, com a participação do Estado e acompanhamento do Ministério Público do Trabalho e do órgão responsável pelo setor no governo federal.

Essa comissão tripartite deverá ser constituída até o final do primeiro semestre de 2020, e será nomeada por meio de resolução do Conselho Estadual do Trabalho – órgão encarregado de fazer o monitoramento e avaliação da política estadual de valorização do piso salarial do Paraná.

O salário mínimo regional foi implantado em 1º de maio de 2006. Desde 2017, a data-base vem sendo reajustada pelo mesmo percentual aplicado para o salário mínimo nacional e também antecipada em um mês por ano para que, em 2020, venha a coincidir com a data-base nacional – ou seja, 1º de janeiro.

Confira a evolução do piso salarial no Paraná desde a sua implantação

2006 – R$ 427,00 a R$ 437,80

2007 – R$ 462,00 a R$ 475,20

2008 – R$ 527,00 a R$ 547,80

2009 – R$ 605,52 a R$ 629,65

2010 – R$ 663,00 a R$ 765,00

2011 – R$ 708,14 a R$ 817,78

2012 – R$ 783,20 a 904,20

2013 – R$ 882,59 a R$ 1.018,94

2014 – R$ 948,20 a R$ 1.095,60

2015 – R$1.032,02 a R$ 1.192,45

2016 – R$ 1.148,40 a 1.326,60

2017 – R$ 1.223,20 a R$ 1.414,60

2018 – R$ 1.247,40 a R$ 1.441

2019 – R$ 1.306,80 a R$ 1.509,2

País precisa de uma política econômica

O projeto de reforma da Previdência mudou de nome: agora o governo se refere a ele como a Nova Previdência, repetindo um velho truque de marketing político em que se alteram os nomes das coisas para que elas ganhem uma roupagem nova, mas fiquem exatamente como estão.

Há, de fato, que se rever a previdência, mas sem violar direitos e, especialmente, sem fragilizar ainda mais a situação das pessoas socialmente vulneráveis – idosos, deficientes, trabalhadores rurais e os assalariados que começam a trabalhar aos 14, 15 anos de idade e não têm as mesmas condições de competir com aqueles que só vão saber o que é dar duro no expediente depois de se graduar em uma universidade, aos 23, 24 anos.

O ponto central é que a solução para dar um fim ao longo período de estagnação sofrido pelo País não é a Nova Previdência – uma panaceia martelada mil vezes na cabeça dos brasileiros até que eles acreditem que ela tem os poderes miraculosos de curar nossos males.

A questão é mais profunda e muito mais abrangente: o que o Brasil precisa é de uma Política Econômica.

Já é hora de o ministro da Economia, Paulo Guedes – o economista de uma nota só –, mostrar a que veio e delinear um programa nacional de desenvolvimento, que não foi feito na campanha de Jair Bolsonaro e muito menos depois que o presidente assumiu o cargo.

É tarefa do ministro – e também do presidente – rearticular o setor produtivo, redefinir estratégias de fortalecimento da indústria de transformação, dinamizar o segmento de comércio e serviços, retomar a indústria da construção civil (liberando imediatamente recursos para os programas de habitação popular) e estabelecer um amplo projeto de modernização da infraestrutura de transporte e logística do País, no qual o papel das concessões é importante, mas não pode ser o único.

É dever do ministro intensificar o diálogo com os empresários e os sindicatos, reorganizar as exportações brasileiras (também estagnadas) e, especificamente, procurar a direção da Ford para saber o que é possível fazer a fim de que a montadora norte-americana – pioneira no País, onde está presente há um século – reveja sua decisão de fechar fábricas em território nacional.

É sua missão agir como interlocutor dos governadores e esclarecer o que eles devem esperar da União no que se refere à Lei Kandir e à reposição de perdas dos estados.

Numa palavra: o governo precisa fixar uma política econômica que dê um novo norte, restabeleça a confiança do investidor e propicie a volta da geração de emprego e renda.

No entanto, ao invés de definir esta política, de arregaçar as mangas e finalmente mostrar a que veio, o governo Bolsonaro se afunda num mar de intrigas disparadas nas redes sociais. Um redemoinho de fofocas no qual o fuxiqueiro-mor é o filho-vereador do presidente.

Destampatório no qual, mais grave que os insistentes ataques ao vice-presidente Hamilton Mourão feitos pelo filho-vereador, só a atitude do presidente, que nada faz para conter as cotoveladas sofridas por seu vice.

A esta altura, é óbvio para todos que o garoto mimado não só tem o apoio presidencial, como é usado pelo pai para fustigar o general Mourão, uma das raras vozes racionais neste governo – o que lança uma sombra de dúvidas perturbadoras sobre o que devemos esperar de Brasília.

A irracionalidade, a incompetência e a vulgaridade se reproduzem na base de apoio do governo no Congresso. Falar aqui de base é força de expressão, pois é difícil vislumbrar que o governo tenha uma bancada coesa a lhe dar sustentação na Câmara dos Deputados e no Senado.

O comportamento errático, incoerente e às vezes patético dos líderes dos partidos situacionistas reflete a inaptidão do presidente e de seu círculo mais próximo.

Passados os 100 dias de governo, o País espera, quase em suspenso, que Bolsonaro e Paulo Guedes mostrem serviço. Do contrário, não teremos a Nova Previdência, mas um nova crise política.

(*) Luiz Claudio Romanelli, advogado e especialista em gestão urbana, é deputado estadual pelo PSB do Paraná.

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