educação básica

Paraná e Norte Pioneiro se destacam entre as melhores notas do Ideb

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) destacou nesta quarta-feira, 16, os investimentos estaduais em educação que colocam o Paraná na quarta melhor posição no ranking do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) no Brasil. Apesar disso, Romanelli diz que ainda há muito a se fazer para melhorar a educação no estado.

O Ideb mede a qualidade do ensino no País e é feito a cada dois anos. Em 2017, o Paraná ocupava a sétima posição. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 15, e referem-se ao ano de 2019. “O Paraná tem muito que comemorar e celebrar com esse grande salto na qualidade da educação. Parabéns a todos os nossos educadores”.

O deputado destacou que dois municípios do Norte Pioneiro estão entre as 10 melhores notas do ensino fundamental: São José da Boa Vista e Jaboti. “O Norte Pioneiro tem recebido muitos investimentos em todos os setores. Na educação, temos concentrado esforços junto aos prefeitos para garantir que toda criança esteja na escola. Esse esforço já apresenta resultados, mas precisamos melhorar”.

São José da Boa Vista conquistou nota 6,3 no Ideb. Outros dois municípios, Maripá e Virmond também obtiveram a mesma pontuação, que foi a maior entre todos os municípios paranaenses. Já a cidade de Jaboti obteve nota 6,0, a mesma obtida por Entre Rios do Oeste, Planalto e Quatro Pontes.

No geral, incluindo as escolas municipais e estaduais, o índice mais alto dos 26 municípios do Norte Pioneiro foi o de Joaquim Távora, 7,7 – o melhor desempenho da região. Depois vem Guapirama, que obteve o segundo índice mais alto: 7,4.

Evolução

Romanelli acompanha os números do Ideb para avaliar os avanços obtidos no setor e propor medidas que visem a valorização do professor e dos demais profissionais da área, bem como os recursos necessários para a melhoria do indicador.

“Desde 2005, não conquistamos um resultado tão significativo. É o maior crescimento de nota do Ideb no ensino médio. Se somadas as notas de escolas federais e privadas, o Paraná aparece em terceiro no ranking nacional”, informa. De acordo com os dados divulgados, o Paraná subiu 0,7, saindo de 3,7 para 4,4 pontos, a maior evolução desde 2005.

Outro dado também coloca o Paraná em destaque. “Entre as redes estaduais no ensino fundamental, das escolas dos anos iniciais [até o 5º ano] estamos em primeiro lugar, com nota 6,8. Já nos anos finais [do 6° ao 9° ano] estamos na terceira posição”.

Romanelli aponta quatro principais fatores que levaram o Paraná a melhorar o Ideb. Segundo ele, o conjunto de fatores da melhoria da Educação inclui o fortalecimento do trabalho dos professores em sala de aula; a criação de programas de redução da evasão escolar, como o Presente na Escola e Escola Paraná; as melhorias na gestão das escolas e a criação de programas de redução de reprovação, como o Mais Aprendizagem, Prova Paraná e Se Liga!

“O Paraná está construindo uma educação forte, que prioriza investimentos em melhoria das instalações, como as que já foram feitas e anunciadas em vários municípios do Norte Pioneiro. É essa união que fez do Paraná um dos estados com a melhor educação do país”, conclui.

Consulte seu município nos mapas dinâmicos.

Mapa Municipal Brasil de Resultados para Fundamental nos Anos Iniciais – IDEB 2019

https://cutt.ly/UfDZXRp

Mapa Municipal Brasil de Resultados para Fundamental nos Anos Finais – IDEB 2019

https://cutt.ly/7fDZVID

Mapa Municipal Brasil de Resultados para Ensino Médio – IDEB 2019

https://cutt.ly/NfDZNBy

Dia histórico e de vitória da educação, diz Romanelli sobre novo Fundeb

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) destacou nesta quarta-feira, 26, a importância da promulgação da emenda constitucional que tornou permanente e ampliou o Fundeb – principal fundo financeiro da educação básica no país, que atende interesses de estados e municípios brasileiros.

“É uma vitória de todos que buscam a qualidade da educação pública ofertada nos ensinos fundamental e médio. Parabéns ao Congresso Nacional, ao Senado e a Câmara dos Deputados que mostram, mais uma vez, a sintonia com aquilo que a sociedade almeja”, disse Romanelli.

O novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação foi aprovado na terça-feira, 25, no Senado, por 79 votos, em dois turnos, com o apoio de todos os partidos e da mesma forma como enviada pela Câmara dos Deputados. Sua validade começa em 1º de janeiro de 2021.

Criado em 2007 de forma temporária, em substituição ao Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério), o Fundeb é uma das principais fontes de financiamento da educação no país e garante dois terços dos recursos que os municípios investem no ensino público.

Participação

Romanelli explica que cerca de 90% dos recursos do Fundeb são resultantes dos impostos coletados nos estados e municípios. O governo federal complementa os outros 10% restantes, que não entram no teto de gastos.

Na atual legislação, o fundo seria extinto no final deste ano. Com a promulgação da emenda constitucional, passa a ser permanente e ainda aumenta em 13 pontos percentuais, de forma escalonada por ano, a participação da União nos recursos destinados à educação básica.

No ano passado, o Fundeb distribuiu R$ 156,3 bilhões para a rede pública. “Esse é um dia histórico porque define a educação básica como prioridade e garante o acesso a um ensino de qualidade, que é isso que o país precisa”, diz Romanelli.

O deputado lembra que a data de 25 de agosto entra para a história por ser também dedicada a celebrar o Dia Nacional da Educação Infantil, em homenagem a Zilda Arns, tia do senador Flavio Arns (Rede/PR), relator da PEC do Fundeb.

Zilda Arns, uma das principais apoiadoras da lei estadual antifumo, faria 85 anos nesta terça-feira. Ela morreu em 2010, durante um terremoto no Haiti, enquanto fazia trabalhos sociais.

Estrutura

Romanelli observa que o novo fundo prevê ainda que 15% da complementação federal será destinado para despesas de capital e não somente gasto com despesas correntes. Dessa forma, os recursos poderão ser aplicados em infraestrutura, melhoria e aquisição de equipamentos e instalações das escolas.

Dados do Censo Escolar 2018 apontam que 12% das escolas da rede pública não têm banheiro no prédio; 33% não têm internet; 31% não têm abastecimento de água potável; 58% não têm coleta e tratamento de esgoto; 68% não têm bibliotecas; e 67% não possuem quadra de esportes.

Romanelli reforça ainda que o novo Fundeb permite que 70% dos recursos sejam destinados ao pagamento de salários dos profissionais da educação. Atualmente esse piso é de 60% e beneficia apenas professores.

“Esse investimento em infraestrutura é extremamente importante para garantir a melhoria da educação básica, com a adaptação dos imóveis e a aquisição de equipamentos que vão auxiliar o professor a transmitir conhecimento e formar estudantes participativos e comprometidos com o ensino”, avalia.

Nada é tão ruim que não possa piorar

“A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem. Não pode temer o debate. A análise da realidade. Não pode fugir à discussão criadora, sob pena de ser uma farsa.” (Paulo Freire)

O Brasil continua a passos vigorosos ladeira abaixo. Nessa semana, uma reportagem de Paulo Saldaña, na Folha de São Paulo, revela o desmonte da Educação no desgoverno Bolsonaro.

Sob a batuta do ministro Abraham Weintraub, o MEC esvaziou ações voltadas para a educação básica e cortou repasses de apoio à educação em tempo integral, construção de creches, alfabetização e ensino técnico.

O Programa Dinheiro Direto nas Escolas (PDDE), que estimula a implementação do ensino integral nas escolas de ensino fundamental e médio não teve repasse do governo federal este ano. Em 2018, os investimentos no PDDE somaram R$ 399,6 milhões, investidos em 9.197 escolas. Em 2017, foram transferidos R$ 401,6 milhões, que beneficiaram 34.194 unidades.

Não houve repasses de modalidades específicas do PDDE a obras de acessibilidade, fornecimento de água, instalação de internet e apoio a escolas rurais. Em 2018, os investimentos do governo federal nessas ações somaram R$ 129,4 milhões.

O MEC só executou até agora a modalidade básica do PDDE, previsto para pequenas obras e compras. Esses repasses somam R$ 343 milhões, 18% do previsto para todo o programa no ano.

A reportagem ainda informa que não havia expectativa de redução de verba porque o PDDE não está incluído nas rubricas do orçamento que compõem o contingenciamento de R$ 5,7 bilhões determinado para o MEC este ano.

O Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado pela lei 13005/2014, tem 10 diretrizes gerais e 20 metas especificas, sendo que a meta 6 preconiza o oferecimento da educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos (as) alunos (as) da educação até 2024. Em 2018, eram 15% dos estudantes nessa modalidade. Pelo andar da carruagem, o número de alunos da educação em tempo integral vai diminuir com o corte de repasses.

Recursos para creches também foram reduzidos. Até abril, foram pagos R$ 10,3 milhões para a continuidade da construção de unidades municipais por meio do programa Proinfância. O valor representa 13% do executado no mesmo período de 2018. (R$ 81,7 milhões). O auge do programa foi em 2014 quando o governo repassou R$ 506 milhões de janeiro a abril (FNDE).

Novos convênios para a construção de creches, que no ano anterior foram 53, somam apenas três em 2019. Se os números chamam a atenção por si, ficam piores quando olhamos para meta 1 do PNE, que tem por principal objetivo universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência do plano.

O programa Brasil Alfabetizado, que em 2018 atendeu mais de 100 municípios, esse ano foi encerrado, tendo sido feito repasse à apenas um município. Criado em 2003 como uma porta de acesso à cidadania e com objetivo de despertar o interesse pela elevação da escolaridade, sempre priorizou atendimento a municípios que apresentavam alta taxa de analfabetismo, sendo que 90% localizavam-se na região Nordeste. Esses municípios receberam apoio técnico na implementação das ações do programa, visando garantir a continuidade dos estudos aos alfabetizandos, tendo atendido mais de 8 milhões de pessoas em 15 anos de existência.

A importância da alfabetização de jovens e adultos é tão grande que em 2014, os profissionais da educação construíram uma meta só para isso – a meta 9 – que tem por objetivo elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional. Estima-se que ainda temos 13 milhões de jovens e adultos (acima de 15 anos) analfabetos no Brasil.

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) teve redução de 58% no número de alunos entre 2018 e 2019. Até abril, os investimentos foram de R$ 40,3 milhões, valor cerca de 10% menor que em igual período do ano anterior, quando foram desembolsados R$ 44,3 milhões. Em todo o ano de 2018, os investimentos com o Pronatec somaram R$ 253,1 milhões.

Os investimentos e a oferta de vagas na educação profissional estão respaldadas pelas metas 10 (Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional ) e 11 (Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% da expansão no segmento público).

O governo lançou, no dia 11 de julho, o seu primeiro plano estratégico para a educação básica no país, o Compromisso Nacional pela Educação Básica. Trata-se de um power point com 31 páginas. A única novidade é a construção de unidades escolares cívico-militares para atender 108 mil alunos. O documento não apresenta propostas para alfabetização, nem para educação inclusiva, tão pouco para educação profissional.

Basicamente, é uma carta de boas intenções, sem detalhamento de propostas e fontes de financiamento. E como bem sabemos, de boas intenções o inferno está cheio.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), entidade representativa dos trabalhadores da educação básica do setor público, divulgou uma nota repudiando o documento. Para a entidade, o “Compromisso Nacional pela Educação Básica”, deixa claro os objetivos privatistas para a educação básica brasileira.

“Trata-se, como tentado demonstrar, de um projeto muito vazio de conteúdo novo, mas recheado das intenções já materializadas desde a aprovação da Reforma do Ensino Médio, da Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio e da aprovação das diretrizes curriculares nacionais dessa etapa de ensino. Essas intenções caminham no sentido de ampliar as políticas que favorecem a mercantilização de nossa educação pública para, no limite, facilitar a sua privatização”, diz a CNTE.

O plano nacional de educação foi amplamente discutido e elaborado de forma participativa por educadores de todo Brasil. Esse deveria ser o instrumento que norteia toda e qualquer discussão relacionada à educação nos próximos anos.

Um governo que não tem plano de investimentos e que apresenta esses números em apenas 6 meses de gestão, terá condições de cumprir a meta 20 do PNE – que tem o primeiro marco agora em 2019 (Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto – PIB do País no 5o ano de vigência desta Lei) e tornar o Brasil referência em Educação Básica na América Latina até 2030, como diz o documento?

Como sempre digo, nada é tão ruim que não possa piorar!

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