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Colégios Sesi no Paraná têm que continuar abertos, defende Romanelli

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) disse sexta-feira, 14, que vai conversar com a presidência da Fiep para que a federação reveja a decisão de fechar as 30 unidades do Colégio Sesi no Paraná. No Norte Pioneiro, todas as escolas do sistema serão desativadas até o final deste ano.

“O fechamento das unidades do Colégio Sesi é um grande prejuízo para a educação profissional do Norte Pioneiro e de todo o Paraná”, lamenta. Romanelli informou que tem uma agenda com o vice-governador Darci Piana (PSD), presidente também da Fecomércio, para debater o assunto e buscar meios de intervir na decisão.

No Norte Pioneiro do Paraná, o Colégio Sesi mantém unidades em Santo Antônio da Platina, Bandeirantes e Jaguariaíva. Uma quarta unidade, em Assaí, foi fechada há dois anos.

Escolas

A direção do Colégio Sesi de Jaguariaíva informou que os cursos profissionalizantes serão mantidos, mas o ensino médio será interrompido de maneira definitiva.

Os colégios Sesi são de ensino médio regular. Os estudantes participam concomitantemente de cursos profissionalizantes, o que lhes concede o título de técnicos. Com o fechamento do ensino médio, a formação de técnicos na área industrial no Norte Pioneiro será apenas após a conclusão do ensino médio. A unidade de Jaguariaíva tem 60 alunos atualmente.

Já em Santo Antônio da Platina, o fechamento do Colégio Sesi vai prejudicar diretamente 90 estudantes. Outros 60 estão concluindo o ensino médio e não serão prejudicados, pois a formatura acontecerá normalmente.

Os demais terão de buscar outras instituições de ensino para dar sequencia aos estudos. A estrutura platinense foi inaugurada em novembro de 1998. Outras atividades no local continuarão normalmente.

Em Bandeirantes, a unidade também terá as atividades encerradas. Já em Assaí, a unidade foi fechada há dois anos. A estrutura abriga atualmente a Secretaria Municipal de Educação.

Paraná

Em todo o Estado, cerca de 10,7 mil alunos estudam nas 43 unidades do Colégio Sesi. Destas, pelo menos 30 serão fechadas. A estimativa é de que a oferta de novas vagas seja 20% menor para 2021, que poderão ingressar ou continuar a estudar na instituição, o que corresponde a 8,6 mil alunos. Outros grandes centros, como Londrina, Maringá, Arapongas, Cambé e Ponta Grossa também terão o encerramento das unidades.

A redução de 50% do imposto compulsório das indústrias destinadas à educação e capacitação profissional, decidida pelo presidente Jair Bolsonaro por meio de medida provisória em abril, é um dos principais motivos do fechamento das unidades do Colégio Sesi no Estado. O imposto compulsório das indústrias é a principal fonte de recursos do Sistema S de Ensino, formado pelo Senai, Sesc, Senac e Sest/Senat, entre outros.

Romanelli defende ampliação de linhas de crédito para agricultura do Paraná

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) voltou a defender nesta quarta-feira, 13, a ampliação de linhas de créditos – que podem atingir R$ 7 bilhões – do governo federal para atender o setor produtivo da agropecuária paranaense. A reivindicação dos produtores rurais foi entregue em carta à ministra da Agricultura, Tereza Cristina. “Os créditos são de recursos suplementares para linhas de investimento contempladas pelo Plano Agrícola e Pecuário da safra 2018/19 e que encerram no dia 30 de junho”, disse Romamelli.

“Conforme aponta a Ocepar e a Faep, a agropecuária é um dos principais sustentáculos da economia brasileira, deu equilíbrio a nossa balança comercial, estancou a inflação e ainda proporciona milhares de empregos no campo e na cidade. E em função do crescimento do setor e do esgotamento de várias linhas de créditos no sistema bancário, a demanda dos produtores rurais pode ser atendidas através das linhas de financiamento do BNDES”, completa Romanelli.

O documento – assinado pela Ocepar, Faep e Secretaria Estadual de Agricultura – pontua em quais programas os recursos estão alocados: Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (R$ 200 milhões), Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais (R$ 500 milhões), Construção e Ampliação de Armazéns (R$ 500 milhões), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (R$ 800 milhões), Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (R$ 500 milhões), Modernização da Frota de Tratores Agrícolas, Implementos Associados e Colheitadeiras (R$ 3 bilhões), Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (R$ 1 bilhão) e Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (R$ 500 milhões).

Ainda no documento entregue à ministra da Agricultura, os representantes dos produtores rurais afirmam em 2018, o setor agropecuário liderou a retomada da economia do país, atingindo R$ 569,8 bilhões como valor bruto de produção e a marca de US$ 101,7 bilhões em exportações. “Somente a produção de grãos atingiu a marca de 227,8 milhões de toneladas, contribuindo para a redução dos índices de de inflação no país”, diz trecho da carta assinada pelo presidente da Ocepar, José Roberto Ricker, pelo presidente da Faep, Agide Meneguette e pelo secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara.

“Um reflexo do aumento da produção é a elevação do nível de investimentos no setor, movimentando a economia por meio da geração de postos de trabalho, da melhoria da eficiência nos processos produtivos e incremento da produtividade”, adianta a nota

Segundo ainda a Ocepar e Fiep, a contratação de crédito rural alcançou R$ 87,9 bilhões durante julho a dezembro de 2018, um aumento de 14% em relação a safra anterior do mesmo período. “Também houve aumento de aplicação em todas finalidades do crédito. No custeio, o aumento foi de 15%, a industrialização cresceu 6%, a comercialização 1% e os investimentos em 28%”.

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