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Romanelli defende trabalhadores da Renault

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) defendeu nesta quarta-feira, 22, a manutenção do emprego de 747 trabalhadores que foram demitidos pela montadora Renault, com sede em São José dos Pinhais.

Romanelli recebeu o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Nelson Silva de Souza, o Nélsão, e pediu punição rigorosa à montadora, por descumprimento da lei 15.426/2007, que apresenta uma série de condições às empresas que recebem incentivos fiscais devem cumprir.

Uma das medidas, segundo o deputado, determina às “empresas que receberem incentivos fiscais de qualquer natureza para implantação ou expansão de atividades no Paraná” – o caso da Renault – deverão promover a “manutenção de nível de emprego e vedação de dispensa”.

“A lei 15.426/2007 garante o emprego aos trabalhadores às empresas que recebem benefícios fiscais do Estado. A Renault foi muito bem vinda e recebe uma política de incentivo. Ou seja, o Paraná deixa de arrecadar imposto. A Renault não tem justificativa para as demissões”, disse Romanelli.

Sindicato

Nelsão disse que buscou apoio junto à Assembleia Legislativa, para que medidas necessárias sejam tomadas para evitar essas demissões já efetivadas pela Renault. O vice-presidente lembrou que o deputado Romanelli é um dos criadores da lei de incentivo à geração de emprego no Paraná e que conhece a necessidade de cada trabalhador e também da empresa.

“Romanelli tem uma história de luta em defesa do trabalhador. Foi secretário do Trabalho e conhece as necessidades do trabalhador e do empregador. Sabemos dos efeitos da epidemia na economia. Mas viemos pedir a intervenção para evitar essas 747 demissões”.

Nelsão acrescenta ainda que os trabalhadores da unidade decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, por conta das demissões em massa em meio à pandemia. Ele acrescenta que a Renault chegou a apresentar uma proposta de plano de demissão voluntária que foi reprovada em assembleia dos trabalhadores.

O presidente do sindicato, Sérgio Butka disse que a montadora obrigou os trabalhadores a decidir em assembleia o estado de greve. “Independente de qualquer coisa, queremos deixar nosso repúdio pela forma e tratativa que a empresa está dando ao povo do Paraná, depois se usufruir de incentivos fiscais e se comprometer em gerar e manter empregos, agora está demitindo quase 800 trabalhadores”, lamenta.

Alternativa

Romanelli disse que a Renault tem outras alternativas em lei, que não seja a demissão em massa promovida nesta terça-feira, 21. Segundo ele, muitas empresas, de menor porte, têm encontrado soluções para manter seus empregados.

“O próprio programa emergencial de manutenção de empregos é um instrumento para evitar a demissão. Temos também a própria legislação trabalhista que prevê o lay-off, quando é possível também, durante um período, afastar o trabalhador. Ou seja, dá para adotar muitas alternativas antes que tenhamos a demissão”, anuncia.

Solidariedade

Romanelli manifestou solidariedade ao sindicato e aos trabalhadores demitidos e disse ser expressamente contrário às demissões na Renault. Ainda pela manhã, o deputado conversou com o governador Ratinho Junior e disse que a lei será aplicada com rigor, caso a montadora mantenha a decisão de demitir funcionários.

“Se a Renault quer demitir seus empregados, ela tem de abrir mão dos incentivos fiscais que recebe. Porque esse dinheiro é do povo do Paraná, e a contrapartida é a manutenção dos empregos”, defende. “A Renault é muito bem vinda, queremos a Renault, mas queremos emprego para os paranaenses”, completa.

30/11/2015 imprensa Comentários desativados em Romanelli apoia campanha da Força Sindical no combate à violência contra a mulher

Romanelli apoia campanha da Força Sindical no combate à violência contra a mulher

 

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Foto: Pedro de Oliveir/Alep

A Assembleia Legislativa aprovou, nesta segunda-feira (30), por iniciativa do deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PMDB), líder do governo na Casa, moção de apoio ao projeto de combate a violência contra a mulher – denominado Março Laranja, cujo objetivo é valorizar a participação popular e ampliação dos canais de diálogo com a sociedade civil, desenvolvido pela Força Sindical do Paraná.

“Entendemos que aqui é importante que esse tema seja debatido, pois aqui é a Casa do Povo, onde fazemos as leis do Estado. É importante ter apoio do parlamento nesse debate que é o da violência contra a mulher. ”, contou Jamil Davila, secretário geral da Força Sindical.

Para o deputado Romanelli, o trabalho da Força Sindical deve ser destacado e reproduzido por outras organizações sindicais. “O atendimento integral às mulheres em situação de violência ainda é um desafio a superar. O Paraná deixou a 3ª colocação, de 2012, para ocupar a 19ª posição no ranking de assassinatos de mulheres, com uma taxa de 5,2 homicídios para 100 mil habitantes, conforme o Mapa da Violência 2015, do Ministério da Saúde. Entre as capitais, Curitiba aparece em 17º lugar, com 6,2 mortes para cada 100 mil habitantes”, afirmou.

23346208181_d17c88842a_zPara o líder do governo, “indiscutivelmente o problema é muito grave, embora tenhamos melhorado nossa posição no ranking há muito a fazer na conscientização da sociedade para evitar que as mulheres continuem sendo vítimas. Apoiamos todas as iniciativas que promovam o debate deste assunto”, pontuou. 

Romanelli lembrou que quando foi Secretário do Trabalho do Paraná aprovou resolução no Conselho Estadual do Trabalho priorizando a mulher vítima de violência como público alvo para inclusão no mercado de trabalho,

“Uma das causas da continuidade da violência é a dependência financeira da mulher em relação ao agressor. Na Assembleia tenho atuado no sentido de aprovar leis protetivas em relação às mulheres, e a escola tem um papel fundamental, pois um dos problemas é que a mulher, independente da idade, se considera culpada ao sofrer a agressão. Neste sentido promovi encontros de aproximação e articulação entre entidades defensoras de diretos e e a Secretaria da Educação, que resultou em um belo programa estadual  lançado no último dia 25: Escola Sem Violência”, explicou.

Segundo Gilse Martins, assessora de comunicação da Força Sindical e uma das principais articuladoras da iniciativa,ainda há falta de argumentação básica nos debates do tema e também mecanismos de defesa para as mulheres que mais sofrem com abuso e violência.

“Acreditamos que a base está nas políticas públicas com a instalação de Secretarias Municipais da Mulher, Conselhos da Mulher no município. Também acreditamos que devam ser colocadas mais delegacias, temos apenas 11 cidades do nosso estado que tem delegacias da mulher. Isso traduz a razão de os dados de violência ainda serem tão grandes”, afirmou.

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